O varejo do Estado de São Paulo registrou faturamento real de R$ 46,8 bilhões em novembro de 2015, o menor volume para o mês desde 2009, informou nesta sexta-feira, 12, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). O volume representa queda de 10,1% na comparação com novembro de 2014, mas alta de 0,6% ante o resultado de outubro. No acumulado de janeiro a novembro, o recuo foi de 6,5%.
Sete das nove atividades analisadas apresentaram baixas na comparação anual. As retrações mais acentuadas foram vistas em concessionárias de veículos (-23,7%) e lojas de materiais de construção (-20,6%). Já supermercados cresceram 3,5% e farmácias e perfumarias tiveram alta de 0,5%.
Na passagem de outubro para novembro, o varejo paulista conseguiu elevar o faturamento em razão das vendas promocionais da Black Friday, no fim do mês. Tanto que, nesta comparação, o segmento de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos apresentou crescimento de 14,9%. As lojas de vestuário, tecidos e calçados tiveram alta de 7,8% e as de móveis e decoração registraram avanço de 5%.
A reação das boas vendas, no entanto, não foi suficiente para que estes segmentos conseguissem superar o faturamento de novembro de 2014 (quando também houve Black Friday). As lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos tiveram queda de 11,2%, as de vestuário, tecido e calçados caíram 17,6% e as de móveis e decoração recuaram 8,0%.
De acordo com a federação, entre as 16 regiões analisadas apenas o varejo do litoral mostrou resultado positivo em novembro, com avanço de 1,3% ante igual mês do ano anterior. A capital registrou queda de 7,2% e atingiu faturamento real de R$ 14,6 bilhões – também o menor volume para o mês desde 2009.
“Os baixos desempenhos confirmam a tendência de queda para o fechamento do ano, que terá retração de até 6% em relação ao observado em 2014, influenciada pela forte deterioração dos indicadores econômicos, como PIB, emprego, renda, crédito, déficit fiscal, alta da inflação, câmbio e juros”, afirma a instituição em nota.
Para o mês de dezembro de 2015, a expectativa é de que haja uma baixa de 4% no faturamento real ante um ano antes. A entidade avalia ainda que a retomada do crescimento das vendas é improvável no médio prazo.