O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) informou, nesta quarta-feira, que estenderá até 31 de dezembro de 2021 as linhas temporárias de US$ 60 bilhões em swaps de dólares a cada um dos bancos centrais de Brasil e outros oito países. Iniciado em março de 2020, no auge do choque provocado pelo coronavírus, o programa já havia sido prorrogado duas vezes, a mais recente até setembro deste ano.
Em comunicado, a autoridade monetária destaca que a iniciativa visa "afrouxar tensões nos mercados de financiamento causadas pela covid-19" e mitigar os efeitos desses estresses na oferta de crédito a famílias e empresas. "Uma extensão adicional das linhas de swap temporárias ajudará a sustentar melhorias nos mercados globais de financiamento em dólares americanos, servindo como um importante suporte de liquidez", ressalta.
Além do brasileiro, também são beneficiados os BCs de Austrália, Coreia do Sul, México, Cingapura, Suécia, Dinamarca, Noruega e Nova Zelândia.
<b>Compra em ativos</b>
O Federal Reserve afirmou também que as compras de ativos mantêm o funcionamento adequado do mercado. A autoridade monetária indicou que manterá o volume mensal de compras de Treasuries em pelo menos US$ 80 bilhões e de títulos lastreados em hipotecas em ao menos US$ 40 bilhões.
"Essas compras de ativos ajudam a promover funcionamento do mercado e condições financeiras acomodatícias, apoiando assim o fluxo de crédito para famílias e empresas", aponta o comunicado de política monetária.
Segundo o Fed, as compras de ativos serão mantidas até que haja "progresso substancial" em direção às metas da autoridade de emprego e inflação.