A ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) mostrou que a maioria dos dirigentes da instituição aposta em avanço na inflação neste ano, devendo se estabilizar na meta de 2% no médio prazo.
Para eles, a inflação terá espaço para subir se os salários continuarem avançando. Além disso, vários dirigentes disseram esperar que a queda recente do dólar contribua para uma maior pressão sobre os preços.
Alguns dirigentes do Fed também observaram que as empresas começaram a expressar mais confiança em aumento de preços para cobrir os maiores custos de insumos, sem que isso afaste clientes. Mas alguns dirigentes pontuaram que a reforma tributária promovida pelo governo Trump pode atenuar essa dinâmica. Isso porque o corte de impostos poderia levar algumas empresas sustentar os preços baixos “para se manterem competitivas ou para ganhar participação de mercado”, o que poderia pesar sobre a inflação.
A equipe do Fed afirma que o núcleo de inflação deve subir “notadamente mais rápido” em 2018, refletindo o fortalecimento da economia e a dissipação de fatores transitórios. Entretanto, a expectativa é que o núcleo de inflação atinja a meta de 2% ao ano apenas em 2019, com a inflação “cheia” chegando a esse patamar somente em 2020. Fonte: Dow Jones Newswires.