Poucos distritos nos Estados Unidos relataram influência da reforma tributária aprovada recentemente no país sobre empregos e salários, aponta o Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
“Contatos em alguns poucos distritos mostraram em seus relatórios aumentos modestos em remunerações em seguida à aprovação da reforma tributária”, anota o documento, que analisa as condições econômicas dos EUA de meados de janeiro a 26 de fevereiro.
Um deles é o distrito de Cleveland, onde, de acordo com o Livro Bege, a reforma tributária aprovada em dezembro do ano passado está habilitando empresas a investir mais e elevar a remuneração de funcionários.
A seção dedicada ao Fed de Boston afirma que um grande varejista consultado para o relatório planejava repassar metade dos recursos economizados a partir da reforma tributária para uma seleção de empregados na forma de remuneração mais alta. Na mesma região, um varejista menor disse que planejava elevar salários “um pouco” para se equiparar aos aumentos salariais anunciados por cadeias de varejo como um resultado dos mesmos cortes de impostos.
Já no distrito de Chicago, diminuiu o número de empresas que relataram aumento de custos regulatórios e tributários.
O Federal Reserve de Minneapolis informou que recebeu relatos de pagamentos pontuais de bônus por empresas em virtude das mudanças recentes na política tributária. Diversos dos contatos corporativos do Fed local disseram que aumentos salariais se tornaram “mais prováveis”, já que a reforma tributária “oferece uma forma de pagar por remuneração mais elevada” sem aumentar os preços ou reduzir o lucro.
De acordo com o Fed de Dallas, a perspectiva para empregos e salários neste distrito se manteve “altamente positiva, com contatos citando a reforma tributária e um dólar mais barato” como fatores de impulsão da atividade, enquanto taxas de juros em tendência de alta e inflação são vistos como potenciais obstáculos.