Estadão

Federação espanhola de futebol nega ter usado recursos para festa particular

A Real Federação de Futebol da Espanha veio a público nesta quinta-feira para negar acusações feitas por um ex-funcionário. A entidade é acusada de usar seus recursos para bancar festas particulares com a presença de "jovens mulheres" e também de contratar um detetive para investigar o chefe do sindicato dos jogadores.

As acusações foram feitas por Juan Rubiales, tio e ex-chefe de gabinete de Luis Rubiales, atual presidente da federação e um dos vice-presidentes da Uefa. Ele fez a denúncia ao Ministério Público espanhol em abril, três meses antes de ser demitido da entidade. Nesta quinta, Juan deu mais detalhes sobre suas denúncias ao jornal espanhol <i>El Mundo</i>.

De acordo com Juan, a federação pagou por uma festa privada, com "jovens mulheres", numa propriedade alugada. O jornal também afirmou que o ex-funcionário revelou que a entidade usou seus recursos para contratar um detetive para levantar informações sobre o chefe do sindicato dos atletas.

Em resposta, a federação afirmou que a alegada festa era apenas uma "reunião de trabalho", que incluía o próprio Juan Rubiales, e que os próprios integrantes da reunião bancaram os custos, sem usar recursos da entidade. "Nem naquele dia e nem em outro momento foi gasto um euro sequer para questões não relacionadas à gestão da federação".

A Real Federação de Futebol da Espanha disse "lamentar profundamente" as denúncias do ex-funcionário e destacou que o tio do presidente da entidade não apresentou provas ou evidências em suas acusações. "Apesar da gravidade dos supostos fatos, Juan Rubiales não entregou uma prova sequer aos procuradores e nem à Justiça para sustentar suas acusações."

Uma das principais lideranças do futebol europeu nos últimos anos, Luis Rubiales é um dos vices da Uefa e lidera a candidatura conjunta entre Espanha e Portugal para tentar sediar a Copa do Mundo de 2030.

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