A inesperada eliminação da seleção francesa nas oitavas de final da Eurocopa não foi suficiente para derrubar o técnico Didier Deschamps do cargo de treinador. O presidente da entidade que comanda o futebol local, Noël Le Graët, anunciou a permanência do atual técnico até a Copa do Mundo de 2022. Em entrevista ao jornal Le Figaro, o dirigente disse que o acerto foi rápido. "A vontade dele era muito forte para continuar. A minha era também. Não houve debate", explicou.
Le Graët enalteceu o trabalho de Deschamps e também a trajetória do treinador. "Tenho infinita confiança neste homem. Não há debate. Ele é um vencedor com um histórico único. É um treinador leal à federação e estimado pelos seus jogadores, não há quebra nem fim de ciclo", completou.
A decisão de dar continuidade ao trabalho do comandante mostra que a inesperada queda da França para a Suíça, em confronto eliminatório pelo torneio europeu de seleções, não teve consequências mais graves.
"A questão para mim era se ele queria continuar ou não no comando da seleção", detalhou o mandatário da Federação Francesa de Futebol (FFF).
Após se classificar como líder da sua chave, chamada de grupo da morte por agregar também as seleções da Alemanha, de Portugal e da Hungria, a França acabou caindo nas oitavas de final para a Suíça. Após empate no tempo normal em 3 a 3, a eliminação veio na disputa por pênaltis. Com uma vitória e três empates, os franceses deixaram o torneio de forma invicta.
Com a manutenção de Deschamps, o dirigente anunciou que novos nomes estão chegando para fortalecer a comissão técnica. Guy Stéphan será auxiliar técnico, Franck Le Gall integra a equipe médica, Cyril Moine chega na função de preparador físico e Frack Raviot terá a missão de treinar os goleiros da seleção.
Sobre uma possível vinda de Zinedine Zidane, Le Graët tratou o assunto de forma diplomática. "Tenho muita estima por ele. Falamos por telefone, mas não ultimamente. Isso não impede que possamos nos encontrar e almoçar juntos. Ele pode um dia ser treinador", afirmou.