O governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, João Doria (PSDB), afirmou que a formação de uma federação partidária entre PSDB e MDB é uma aliança possível e que pode ser cristalizada ao longo das próximas semanas. A federação partidária cria uma "fusão temporária" entre os partidos que precisa durar pelo menos quatro anos, desde as eleições até o final do mandato seguinte.
"É uma aliança possível. Há ainda um longo caminho a ser percorrido, mas, com diálogo, ela pode ser cristalizada ao longo das próximas semanas", disse durante Conferência de Investimentos da América Latina, promovida pelo Credit Suisse. O anúncio da federação entre as duas siglas foi feito pelos presidentes do PSDB, Bruno Araújo, e do MDB, Baleia Rossi, nas redes sociais. Ambos confirmaram as tratativas para concretizar a possível união das siglas nas eleições de 2022.
O PSDB, que nasceu a partir de uma dissidência do MDB, já lançou o governador paulista João Doria como pré-candidato. Já os emedebistas escolheram a senadora Simone Tebet (MS) para ser o nome do partido à sucessão de Jair Bolsonaro.
<b>Negociações</b>
Em relação a uma possível federação entre PSDB e Cidadania, Doria afirmou que "esse é um entendimento que está evoluindo".
Na semana passada, a Executiva Nacional do PSDB aprovou por unanimidade dar prosseguimento às discussões sobre a formação de federação partidária com o Cidadania.
No entanto, em reunião realizada na última terça-feira (1), a Executiva Nacional do Cidadania não obteve maioria favorável à medida. A votação sobre a união com os tucanos ficou empatada e a decisão final será tomada pelo diretório nacional do Cidadania no próximo dia 15.
Durante o evento, Doria disse que mantém diálogos com representantes do União Brasil, partido resultante da junção entre PSL e DEM.