Estadão

Feira de Bolonha debate censura, ia e Ucrânia

Maior e mais tradicional evento do mercado editorial voltado à literatura para crianças, a Feira do Livro Infantil de Bolonha abre nesta segunda, 6, sua 60ª edição. Autores e ilustradores como a sul-coreana Suzy Lee (A Onda), o alemão Axel Scheffler (O Grúfalo) e o brasileiro Roger Mello (Meninos do Mangue) estão entre os convidados do evento que recebe, até quinta, 9, mais de 1.400 expositores e realiza cerca de 320 encontros.

Um desses encontros, com o best-seller David Levithan, que ficou famoso com seu livro de estreia Garoto Encontra Garoto, seguido de outros sucessos entre adolescentes, vai debater a censura a livros. O tema ganhou ainda mais atualidade com a recente decisão, no Reino Unido, de se rever a linguagem da obra de Roald Dahl, autor de Matilda e A Fantástica Fábrica de Chocolate.

Um ano após o início da guerra na Ucrânia, o país terá um espaço especial: estará no centro de discussões e de uma exposição, com ilustrações de artistas locais acerca do conflito.

O uso da tecnologia e de inteligência artificial no universo infantil também é um dos assuntos em destaque.

<b>Coletivo</b>

O Brasil dobra sua presença em Bolonha. Este ano, 22 editoras estarão no estande do Projeto Brazilian Publishers, um acordo entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) para ajudar na promoção e exportação da literatura brasileira. Em 2022, na primeira edição depois do início da pandemia, apenas 10 editoras participaram. É em feiras como essa que os editores compram e vendem direitos autorais de livros que serão publicados futuramente em seus países.

O Instituto Emilia também terá um estande, e lá o visitante poderá conhecer a produção de algumas das melhores editoras independentes daqui.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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