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Feiras livres em avenidas, até quando?

As feiras livres ultimamente têm sido alvo de reclamações da população que tem se queixado do trânsito nos locais onde continuam sendo montadas e desmontadas, especialmente quando ocorrem nas avenidas e ruas de maior movimento.


No passado, as feiras livres eram desejadas pela população, pois permitiam o acesso a alimentos mais frescos e mais baratos. A dona de casa, com tempo para ir às compras na feira do bairro e pertinho de casa, fazia uma boa economia. Já os produtores de hortifrútis adoravam a idéia de vender diretamente ao feirante por um preço justo e podendo facilmente distribuir sua produção.


Mas hoje os tempos são outros! Com a evolução do comércio na cidade e a instalação de novas redes de varejo, a concorrência com as feiras livres aumentou muito. Redes de supermercados e estabelecimentos especializados, agora destinam bons espaços de exposição para os mesmos itens comercializados nas feiras.


Passaram a negociar diretamente com os produtores, que agora programam as entregas, estabelecimento quantidades diárias, diminuindo o desperdício, aumentando a qualidade e reduzindo os custos!


Além disso, com o tempo cada vez mais curto, é uma tendência que os consumidores façam as compras destes produtos de forma on-line, ou com entregas pré-agendadas, reduzindo cada vez mais o público que procura as feiras tradicionais.


O certo é que enquanto o fiel público continua abastecendo seus carrinhos nas feiras livres, no trânsito sofre a grande maioria dos consumidores que já mudaram seus hábitos.


Mas o pior é que mesmo sabendo deste problema, nossas autoridades não procuram minimizá-lo reduzindo o tempo em que estas vias ficam ocupadas. É comum observamos a limpeza sendo feita após as 16h, sendo que a feira deveria terminar às 13h.


Acredito que a solução só virá com a implantação de áreas específicas para as feiras livres. Isso depende de muita pressão da sociedade para quem sabe despertar a vontade política em nossos governantes de resolver o problema. Vamos procurá-los, ligue para eles, manifeste-se pelas redes sociais.


 


Wilson Lourenço


Vice-Presidente da RA-3 da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp)

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