Conforme o protocolo do Hospital Padre Bento, Felipe Tiago Maciel entrou em óbito às 2h45 do dia 17 (madrugada de domingo), após duas paradas cardíacas na mesa de cirurgia. Na declaração de óbito do rapaz, assinada pelo legista Roberto Lago, consta sepse grave (infeccção generalizada), peritonite purulenta (inlfamação de uma membrana que reveste o intestino) causada por uma ulcera duodenal. A mãe de Felipe, Silvana Tiago Maciel, disse que o legista chegou a dizer que se um exame de endoscopia tivesse sido feito quando o rapaz deu entrada no hospital, as coisas poderiam ter sido diferentes. "Ele (legista) disse que uma endoscopia tinha de ter sido feita, pois não é comum um rapaz de 22 anos sentir dores tão violentas no addômem", disse.
"Faltou tato", diz médico com 20 anos em emergência
O vereador e médico Eduardo Carneiro (PSDB) que também esteve no Hospital Padre Bento conversou com a diretora Maria Madalena do Valle Bazzo. Para Carneiro, houve falta de tato do colega que deu alta à Felipe. "O primeiro atendimento feito considero acertado. A médica deixou ele em observação e sendo medicado. No entanto, o médico seguinte o liberou após ver o resultado dos exames clínicos. Nesse tipo de quadro, em que um jovem de 22 anos chega de madrugada num hospital com dores violentas no abdômen, é muito mais preciso você apalpar o abdômen do que se basear friamente num resultado clínico. Minha percepção é que houve falta de tato do médico na ocasião.