O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano ficou aquém das expectativas da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), segundo o presidente da instituição e diretor superintendente da Itaú Vida e Previdência, Osvaldo Nascimento. “O crescimento do País já estava aquém e agora tivemos uma recessão. Nossa expectativa para crescimento de 10% da captação líquida dos planos de previdência privada aberta está mantida, mas o segmento é afetado pelo baixo crescimento econômico”, diz ele, em entrevista ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB brasileiro recuou 0,60% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Na comparação com o segundo trimestre de 2013, a queda foi maior, de 0,90%. De janeiro a junho, o PIB avançou 0,5% em relação a igual período de 2013 e acumula alta de 1,4% em 12 meses até o segundo trimestre.
“Quando o PIB aponta recessão, o que se observa subsequentemente é desemprego. É um sinal ruim e que resulta da falta de um cenário mais previsível no longo prazo. O índice de desemprego está baixo, mas é preciso tomar cuidado com a leitura porque muitas pessoas não estão à procura de emprego, devido ao crescimento de renda combinado com programas sociais”, diz Nascimento.
O setor de previdência privada, conforme ele, é consequência do desempenho da economia brasileira, uma vez que representa a poupança de longo prazo da população. Quando as pessoas não veem, segundo o especialista, muita visibilidade no futuro, encurtam seus investimentos e são mais imediatistas. “O longo prazo só existe quando o curto prazo está atendido. O setor de previdência não influencia o PIB, mas é consequência dele”, conclui o presidente da Fenaprevi.