Os juros futuros continuaram oscilando ao redor dos ajustes anteriores até o final da sessão regular desta terça-feira, 4. Conforme esperado, a liquidez foi muito fraca, como efeito do feriado norte-americano do Dia da Independência, motivo pelo qual os mercados em Wall Street hoje nem abriram. A ponta longa mostrou algum viés de alta, refletindo o compasso de espera com os eventos políticos da terça-feira e dos próximos dias. A agenda doméstica trouxe como destaque os dados da produção industrial, que vieram bons, mas não chegaram a fazer preço, uma vez que foram considerados “retrovisores”.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 (96.980 contratos) encerrou em 8,835%, de 8,840% no ajuste anterior. A taxa do DI janeiro de 2019 (87.225 contratos) passou de 8,81% para 8,80%. E a taxa do DI janeiro de 2021 (65.320 contratos) encerrou a 10,00%, de 9,98%.
“O dia foi bem preguiçoso, com os mercados sem liquidez por causa do feriado nos EUA. E tivemos um resultado de produção industrial em maio que sabemos que não vai se repetir em junho”, afirmou a gestora de renda fixa da Mongeral Investimentos, Patricia Pereira, referindo-se ao fato de que as expectativas para a atividade se deterioraram muito depois que a crise política estourou no dia 17 de maio. A produção industrial subiu 0,8% ante abril, resultado acima da mediana positiva de 0,65% encontrada pela pesquisa Projeções Broadcast.
Na política, o mercado aguarda a votação do pedido de urgência para a apreciação da reforma trabalhista no plenário do Senado. O governo considera que pode ter entre 43 e 48 votos no plenário, sendo que é necessário o apoio de 41 senadores. A previsão é de que a votação do texto aconteça na semana que vem.
Na Câmara, a expectativa é pelo anúncio do relator da denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O presidente da Comissão, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), informou que anunciará às 18h o escolhido.