Estadão

Fernando Alonso lidera o 2º treino livre em Interlagos, à frente de Verstappen

O segundo treino livre do GP de São Paulo de Fórmula 1 terminou com Fernando Alonso na frente. Em uma atividade em ritmo lento em relação às sessões anteriores, os pilotos tiraram o pé e o espanhol da Alpine fez o melhor tempo nos três setores, emplacando a melhor marca deste sábado: 1min11s238. O holandês Max Verstappen, líder da temporada, foi o segundo e o finlandês Valtteri Bottas fechou em terceiro.

A atividade serviu para os pilotos ajustarem os carros antes do sprint race que define o grid para a corrida, mas as escuderias não puderam mais fazer testes. Chamou a atenção o fato de que as voltas foram consideravelmente mais lentas neste sábado do que nas primeiras atividades na sexta-feira, de modo que a prioridade foi o acerto dos carros.

Concorrentes ao título, Verstappen e Hamilton, por exemplo, não forçaram e andaram em ritmo leve. Ainda assim, o holandês fez o segundo melhor tempo da atividade: 1min12s102.
O britânico, que fechara o treino classificatório com 1min07s934, obteve como melhor marca 1min12s741 e terminou em quinto o segundo treino livre. À frente dele chegaram o seu companheiro de Mercedes, Valtteri Bottas, em terceiro (1min12s355) e o francês Esteban Ocon, da Alpine, em quarto (1min12s407).

Red Bull e Mercedes ficaram menos tempo na pista. A escuderia alemã só colocou seus carros no circuito com 20 minutos de atividade e deu prioridade em treinar a largada e às trocas de pneus.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) ainda não informou a decisão sobre as investigações que apuram possíveis irregularidades de Hamilton e Verstappen. O primeiro é investigado porque a FIA entendeu que o seu carro estava em desacordo com as regras determinadas para a asa móvel. Segundo a inspeção da entidade, a distância entre as lâminas da asa DRS, quando aberta, atingiu mais do que o permitido, o que faria a Mercedes do britânico ser mais rápida nas retas.

Já Verstappen virou alvo dos comissários da prova por ter tocado na asa traseira do carro de Hamilton na sexta-feira após a sessão classificatória para o sprint race.

O holandês deu declarações para os comissários às 9h30 e o britânico foi chamado para prestar esclarecimento às 10h30. O piloto da Red Bull passou focado no paddock e não deu muito atenção aos que tentaram falar com ele, enquanto o heptacampeão acenou e foi mais simpático. Independentemente da decisão da FIA, ele perderá cinco posições no grid da corrida em virtude da troca de um dos componentes da unidade de potência do motor. Hamilton correu neste sábado com uma nova asa traseira que se enquadra no regulamento da FIA.

Companheiro de Verstappen, o mexicano Sergio Perez foi o sexto colocado, à frente do italiano Antonio Giovinazzi, da Alfa Romeo. A Ferrari colocou seus pilotos apenas na oitava e nona colocações, com o espanhol Carlos Sainz à frente do monegasco Charles Leclerc. Ao menos bateu a sua rival McLaren na briga pelo terceiro posto no Mundial de Pilotos. Daniel Ricciardo foi o 12º e Lando Norris, em 13º. O top 10 foi completo pelo finlandês Kimi Raikkonen, que corre pela última vez no Brasil, já que se aposenta da categoria ao final da temporada.

A temperatura aumentou em Interlagos neste sábado. Havia nuvens no céu, mas o sol apareceu e deixou o clima um pouco mais quente em relação aos dias anteriores. Não há previsão de chuva.

Os pilotos voltam para a pista às 16h30 deste sábado para o sprint race, que define o grid de largada para a corrida, no domingo, com largada às 14 horas.

A prova brasileira é uma das três da temporada a contar com o sprint race para definir o grid de largada. As outras foram o GP da Inglaterra (Verstappen foi o mais rápido) e da Itália (Bottas levou a melhor). Trata-se de uma uma minicorrida, de 24 voltas com a distribuição de três pontos no campeonato para o vencedor.

Verstappen lidera o campeonato com 312,5 pontos, 19 de vantagem sobre Hamilton. Após a corrida em São Paulo, restarão apenas três etapas até o fim da competição, no Catar, na Arábia Saudita e em Abu Dabi. Portanto, se o holandês vencer, ficará muito perto de confirmar seu primeiro título da carreira na F-1.

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