As finais da natação na noite deste domingo, pelo horário de Brasília, foram marcadas pela queda de rendimento dos brasileiros em comparação às eliminatórias. Guilherme Guido parou na semifinal dos 100m costas e o revezamento 4×100 metros livre foi o oitavo e último colocado na final. A boa notícia foi a classificação de Fernando Scheffer à final dos 200 metros livre.
No revezamento, o Brasil foi representado por Breno Correia, Pedro Spajari, Gabriel Santos e Marcelo Chierighini. Quase todos nadaram com tempos acima das prévias. O time nacional terminou a disputa com o tempo de 3min13s41, quase um segundo mais lento que nas eliminatórias: 3min12s59.
"Difícil falar do que fizemos errado. Tem que fazer na hora. Os outros melhoraram muito (em comparação às eliminatórias), nós pioramos. Tínhamos a expectativa de melhorar um pouquinho. Demos o nosso melhor. Mas ficamos bem abaixo do que pensávamos, do que a gente tem potencial", afirmou Chierighini, em entrevista ao canal SporTV.
O tempo dos brasileiros foi cinco segundos mais lento que os americanos, que faturaram o ouro, sob o comando de Caeleb Dressel. Não conquistaram o recorde mundial, apesar da alta expectativa, mas anotaram o terceiro melhor tempo da história, com 3min08s37. A Itália levou a prata, com 3min10s11, enquanto a Austrália ficou com o bronze, com 3min10s22.
Fernando Scheffer avançou à final dos 200 metros livre com o oitavo melhor tempo das semifinais: 1min45s71. Curiosamente, registrou tempo pior em comparação às eliminatórias, quando anotou 1min45s05. Em sua bateria, ele chegou a liderar a disputa no começo, mas terminou em terceiro. A final será na noite de segunda-feira, pelo horário de Brasília.
Já Guilherme Guido não conseguiu avançar nos 100 metros costas. Foi eliminado na semifinal, como aconteceu no Rio-2016. Ele foi o oitavo colocado em sua bateria, com 53s80. Assim como aconteceu com Scheffer e o revezamento, Guido se saiu melhor nas eliminatórias, com 53s65.
Nas demais disputas de medalha do dia, o britânico Adam Peaty se sagrou bicampeão olímpico nos 100 metros peito ao vencer a prova com o tempo de 57s37. Dominante neste estilo nos últimos anos, ele é o atual recordista olímpico e mundial. A prata ficou com o holandês Arno Kamminga (58s00) e o italiano Nicolo Martinenghi (58s33) levou o bronze.
LEDECKY PERDE – A sessão de finais deste domingo contou com uma grande decepção no feminino. A americana Katie Ledecky foi superada nos 400 metros livre pela australiana Ariarne Titmus, que marcou 3min56s69. Ledecky precisou se contentar com a prata pela primeira vez em sua carreira em uma prova individual em Olimpíadas, com 3min57s36. A chinesa Bingjie Li levou o bronze, com 4min01s08.
Com cinco medalhas de ouro no currículo, ela nunca havia sido batida numa disputa individual desde Londres-2012, quando disputou apenas uma individual e foi ouro. No Rio-2016, foram mais quatro ouros, sendo três em provas solo e uma em revezamento. Ledecky vinha sendo hegemônica nos 400m, 800m e 1.500m tanto em Olimpíadas quanto em Mundiais desde 2012, quando surgiu com força na capital britânica.
Nos 100 metros borboleta, a canadense Margaret Macneil faturou o ouro, com 55s59. A chinesa Yufei Zhang levou a prata, com 55s64, e a australiana Emma McKeon ficou com o bronze, com 55s72.