Aberto para o público a partir desta quinta-feira, 9, e ocupando duas salas de cinema, o Espaço Itaú Augusta e o Cinesesc, a mostra Ciranda de Filmes quer se firmar no calendário de grandes eventos de São Paulo. “No primeiro ano, em 2014, tivemos a presença de aproximadamente três mil pessoas, já ano passado quase dobrou, chegando a um público de cerca de cinco mil interessados em debater educação e infância”, comemora Fernanda Heinz Figueiredo, idealizadora e criadora do festival, junto com Patrícia Durães.
Como em suas edições anteriores, esta também tem um tema central, que é Mestres, Referências para um Tempo de Incertezas. Em seus três dias de programação, serão exibidos 50 filmes, entre longas e curtas, de ficção e documentários, além de oficinas, debates e vivências. A entrada é gratuita.
Entre os filmes que constam da vasta programação, o sensível longa belga Na Ponta dos Pés (A Pas de Loup), de Olivier Ringer, traz à tona a discussão sobre a importância do diálogo e convivência em família. Na história, uma pequena vive isolada, sem a proximidade dos pais, o que a faz ter vontade de ser invisível. Um assunto sempre atual, que proporciona a discussão sobre esse tema. As sessões serão nesta quinta, 17h30, no Espaço Itaú, e sábado, às 14h30, no Cinesesc.
Em Todo Tempo do Mundo (All the Time in the World), documentário da canadense Suzanne Crocker, pai e mãe decidem largar tudo, emprego, cidade, para viver em uma região distante, isolada, em pleno inverno, com seus três filhos, o que leva a se refletir sobre escolhas e modo de vida. As sessões desse filme serão na sexta, 19h30, e sábado, 11h, no Espaço Itaú. Em seguida, acontece um debate com o artista plástico e pesquisador Gandhy Piorski.
Entre as produções nacionais, Bambeia, documentário dirigido por Renata Meirelles e David Reeks, mostra três meninos de uma comunidade ribeirinha da Amazônia confeccionando um pião, ao som de uma cantiga de roda. As sessões serão nesta quinta, às 11h, no Cinesesc, e sexta, às 13h30, no Espaço Itaú de Cinema.
“O cinema, além dessa característica que tem como arte de tocar o coração e de mexer com emoções, também tem esse poder de comunicar, provocar reflexões, engajamento, transformação”, analisa Fernanda Heinz, que se orgulha em dizer que a Ciranda de Filmes “é um grande encontro”. E enfatiza o valor de as pessoas terem esse espaço para discutir a infância e a educação, temas tão vitais nos dias em que vivemos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.