Variedades

Festival de curtas comemora 25 anos de olho no futuro

Nas primeiras edições do Festival Internacional de Curtas de São Paulo, que completa 25 anos, o evento exibia praticamente todos os filmes brasileiros produzidos no período. Nesta edição, que tem nesta quarta-feira, 20, sua abertura para convidados e começa nesta quinta-feira, 21, para o público, somente de curtas nacionais são mais de uma centena, distribuídos em diversas seções, como a Mostra Brasil, Mostra Paulista, Cinema em Curso, entre outras. “É sempre um desafio montar a programação. Este ano recebemos mais de três mil filmes. Só de brasileiros foram mais de 600 inscritos. Realmente, recebemos muitos filmes bons, o que mostra a vitalidade do formato”, conta a diretora do festival, Zita Carvalhosa.

Há duas vertentes principais na programação, que busca sempre trazer uma amostra do que de melhor foi produzido e visto no mundo e, ao mesmo tempo, trazer produções inéditas. “Não nos balizamos pelo ineditismo, mas pela programação de qualidade. Por isso trazemos muita diversidade”, diz Zita.

Apontar destaques entre os selecionados é sempre tarefa árdua, mas, utilizando o critério dos filmes que já chegam com uma carreira de sucesso, pode-se citar o ganhador do Oscar, o dinamarquês Helium, o colombiano Leidi, Palma de Ouro em Cannes; Noah, melhor filme do Festival de Clermont-Ferrand 2014. Entre os brasileiros, Sem Coração, premiado na Quinzena dos Realizadores de Cannes, e O Bom Comportamento, que acaba de concorrer no Festival de Locarno, também chegam com credenciais internacionais.

Ao mesmo tempo, o festival conta com dezenas de estreias internacionais e nacionais. A Mostra Brasil, principal seleção de curtas nacionais, traz 50 produções de 14 Estados do País. Além dos já citados Sem Coração e O Bom Comportamento, destaque para História Natural, de Julio Cavani, Sete Anos Depois, de Esmir Filho e Mariana Bastos, Brazil, de Alysson Muritiba, entre outros. “Ao todo, há 19 programas de filmes brasileiros, sem contar as atividades paralelas.
Além disso, há o fato de que estamos comemorando 25 anos. É um momento de relembrar grandes nomes que já passaram pelo festival, como Paul Thomas Anderson, Lucrecia Martel, Cao Hamburger, Claudio Assis, Fernando Meirelles…”, declara Zita.

Durante a preparação desta edição, a equipe do festival também se deu conta que o evento comemora 25 anos no mesmo ano em que se completam 25 anos da queda do Muro de Berlim. “E pensamos que, desde então, tantas barreiras já caíram. Entre elas, até o muro da possibilidade de se realizar filmes. Hoje, está muito mais ampla a produção. Temos até uma programação 3D este ano, pois este se tornou um forte elemento narrativo”, analisa Zita.

Pensando nisso, há uma programação especial, a Elemento Narrativo, que traz curtas em 3D e a participação da realizadora e consultora de 3D Josephine Derobe, responsável pelos efeitos especiais de Pina. de Wim Wenders, que fará uma palestra dia 25, às 19h30, no CineSesc. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Posso ajudar?