Os preços dos alimentos registraram novo recuo, e a energia elétrica também ficou mais barata, mas a alta de 4,08% na gasolina pressionou a inflação no varejo medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de julho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de uma redução de 0,10% em junho para uma elevação de 0,07% em julho.
Quatro das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Transportes (de -1,14% em junho para 1,07% em julho), Educação, Leitura e Recreação (de 0,87% para 1,33%), Despesas Diversas (de 0,12% para 0,48%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,19% para 0,25%). As principais contribuições partiram dos itens: gasolina (de -0,29% para 4,08%), passagem aérea (de 4,77% para 6,20%), serviços bancários (de 0,00% para 0,63%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,39%para -0,04%).
Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Habitação (de 0,23% para -1,06%), Vestuário (de 0,50% para -0,33%) e Comunicação (de 0,14% para 0,04%), sob influência dos itens tarifa de eletricidade residencial (de 1,20% para -4,64%), roupas (de 0,57% para -0,40%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de 0,10% para -0,03%).
O grupo Alimentação repetiu a queda de 0,36% registrada no mês anterior. As frutas ficaram mais caras (de -2,77% para 1,61%), mas houve recuo em aves e ovos (de -1,13% para -3,41%).
O núcleo do IPC-DI passou de alta de 0,16% em junho para uma elevação de 0,22% em julho. Dos 85 itens componentes do IPC, 29 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 53,87% em junho para 53,55% em julho.