A inflação sentida pela população idosa pisou no freio no segundo trimestre, descendo de 0,88% no primeiro trimestre para -0,03%, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira, 13. O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, acumulou uma elevação de 2,54% em 12 meses.
Com o resultado, a variação de preços percebida pela terceira idade ficou acima da taxa de 2,22% acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que apura a inflação média percebida pelas famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos. No segundo trimestre, o IPC-BR teve redução mais acentuada que a do IPC-3i, -0,36%.
Na passagem do primeiro trimestre para o segundo trimestre, seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas. A principal contribuição para a deflação partiu do grupo Transportes, que passou de alta de 0,42% no primeiro trimestre para queda de 2,93% no segundo trimestre. A gasolina saiu de uma queda de 1,66% para recuo de 10,55% no período.
Os demais decréscimos ocorreram nas taxas dos grupos Educação, Leitura e Recreação (de -0,42% para -3,59%), Alimentação (de 2,61% para 2,16%), Habitação (de 0,25% para -0,10%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,13% para 0,90%) e Vestuário (de -0,17% para -0,44%). Houve influência dos itens: cursos formais (de 4,29% para -2,50%), hortaliças e legumes (de 28,48% para 6,45%), empregado doméstico (de 0,91% para 0,14%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 1,66% para -0,28%) e calçados (de -0,07% para -1,94%).
Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas em Comunicação (de 0,43% para 0,92%) e Despesas Diversas (de 0,38% para 0,63%), sob impacto de itens como combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de 0,09% para 1,87%) e alimentos para animais domésticos (de -2,51% para 3,89%).