O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 0,1 ponto na passagem de julho para agosto, para 100,9 pontos, informou nesta segunda-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Foi uma acomodação, após o salto de 5,1 pontos de julho ante junho. Em médias móveis trimestrais, o Icom cresceu 2,3 pontos, a quarta alta seguida.
Em agosto, apenas um dos seis principais segmentos do comércio acompanhados pela Sondagem do Comércio registrou queda na confiança. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 3,7 pontos, para 105,0 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 3,5 pontos, para 96,7 pontos.
"Diferentemente dos últimos meses, houve uma percepção de piora da situação dos negócios que está relacionada a uma redução na demanda atual enquanto as expectativas continuaram evoluindo positivamente. O resultado ainda não significa uma reversão da tendência positiva que vem ocorrendo desde abril, mas acende o sinal de alerta sobre o ritmo de recuperação do setor. A recuperação da confiança dos consumidores continua sendo fundamental para continuidade da retomada, assim como o controle da pandemia", diz nota divulgada nesta manhã pela FGV.
Segundo a entidade, o comportamento do indicador de dispersão mostra que os resultados favoráveis dos últimos meses "têm sido mais homogêneos entre os segmentos do setor". "O desvio padrão do Icom dos segmentos do setor chegou a registrar 14,9 pontos em dezembro de 2020, sendo o recorde da série. Atualmente ele está em 8,0 pontos, abaixo do recorde observado antes da pandemia", diz a FGV.
A Sondagem do Comércio de agosto coletou informações de 800 empresas entre os dias 2 e 25 do mês.