O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,4 ponto em outubro ante setembro, para 100,3 pontos, informou nesta sexta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 0,5 ponto no mês.
"A alta modesta da confiança empresarial em outubro retrata um movimento de acomodação após a queda de 2,5 pontos no mês anterior. O resultado positivo foi proporcionado pelo Setor de Serviços, único a registrar melhora tanto nas avaliações sobre a situação corrente quanto nas expectativas, sinalizando a continuidade da fase de retomada de nível atividade nos segmentos mais afetados pela pandemia, como o de Serviços Prestados às Famílias", avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 0,2 ponto em outubro ante setembro, para 99,5 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) aumentou 0,4 ponto, para 100,3 pontos.
Tanto no índice de confiança global (ICE) quanto nos componentes de momento presente e de expectativas (ISA e IE), alta de outubro não recupera nem 20% das perdas ocorridas em setembro, frisou a FGV.
"Quanto às expectativas, pelo segundo mês os resultados foram mais favoráveis nos quesitos que miram o horizonte de três meses que no quesito que trata do horizonte de seis meses, algo que não ocorria desde abril de 2015. Um sinal de que o setor produtivo começa a se preocupar com a desaceleração do ritmo de atividade no primeiro semestre de 2022", completou Campelo Júnior.
Entre os grandes setores que integram o ICE, apenas os serviços registraram avanço na confiança no mês, enquanto o comércio ficou praticamente estável. Indústria e construção tiveram perdas.
A confiança da indústria caiu 1,2 ponto em outubro ante setembro, enquanto a construção recuou 0,3 ponto. A confiança dos serviços cresceu 1,8 ponto. Já o comércio teve ligeira alta de 0,1 ponto. Em outubro, a confiança avançou em 49% dos 49 segmentos integrantes do ICE.
A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.899 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 26 de outubro.