O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 2,2 pontos em agosto ante julho, para 100,7 pontos, informou nesta quarta-feira, 31, a Fundação Getulio Vargas (FGV).
"Com a alta em agosto, a confiança empresarial retoma a trajetória ascendente iniciada em março passado. Pela primeira vez desde o início da pandemia, o nível da confiança dos quatro grandes setores acompanhados se aproxima, sinalizando uma saudável normalização das atividades após uma crise que afetou de forma bastante heterogênea os diferentes segmentos econômicos. A melhora das expectativas no mês não chegou a compensar a piora do mês anterior. Com isso, o IE se mantém abaixo dos 100 pontos, com otimismo no horizonte de três meses e pessimismo seis meses à frente", avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) cresceu 1,0 ponto em agosto ante julho, para 101,3 pontos, maior nível desde setembro de 2013. O Índice de Expectativas (IE-E) avançou 1,5 ponto, para 99,1 pontos.
Na passagem de julho para agosto, a confiança dos serviços recuou 0,2 ponto, para 100,7 pontos, e a do comércio subiu 4,3 pontos, para 99,4 pontos. A indústria teve elevação de 0,8 ponto, para 100,3 pontos, enquanto a construção aumentou 1,4 ponto, para 98,2 pontos. Em agosto, a confiança avançou em 63% dos 49 segmentos integrantes do ICE.
A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.023 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 26 de agosto.