O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 1,6 ponto na passagem de agosto para setembro, para 87,4 pontos, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 28. Em médias móveis trimestrais, o índice ainda subiu 0,2 ponto.
“O recuo da confiança em setembro confirma a relativa piora na percepção dos empresários do setor de serviços sobre o ambiente de negócios no terceiro trimestre do ano. A tendência de queda na curva de confiança teve início em maio, após a greve no setor de transporte rodoviário, e vem sendo particularmente influenciada por um movimento de calibragem nas expectativas”, avaliou Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em setembro, houve piora na confiança em nove das 13 principais atividades pesquisadas. O Índice da Situação Atual (ISA-S) recuou 1,6 ponto, para 85,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) caiu 1,5 ponto, para 90,0 pontos.
“As avaliações sobre a situação corrente permanecem estáveis, mas em patamar historicamente baixo, enquanto as expectativas, mesmo com oscilações mês a mês, apontam para uma fase de ajuste provavelmente associada à incerteza eleitoral.
“Assim, o cenário é de continuidade do movimento de discreta recuperação no nível de atividade do setor para os próximos meses”, completou Sales.
No ISA-S, o item que mais contribui para a queda de setembro foi o que mede a situação atual dos negócios, com recuo de 1,8 ponto no mês, para 85,4 pontos. A principal pressão negativa sobre o IE-S foi do componente de demanda prevista para os próximos três meses, que diminuiu 2,8 pontos, para 88,6 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de Serviços subiu 1,2 ponto porcentual em setembro ante agosto, para 81,9%. A coleta de dados para a edição de setembro da Sondagem de Serviços foi realizada entre os dias 3 e 25 do mês.