O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 4,1 pontos na passagem de outubro para novembro, para 83,0 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com a queda, o indicador atingiu o menor nível desde abril deste ano, auge da segunda onda da pandemia de covid-19 no País. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 2,4 pontos.
Para a FGV, a queda sugere "que a recuperação do mercado de trabalho vem perdendo força". "A desaceleração da economia parece contribuir para queda do indicador, que nesse mês foi disseminada em todas as partes que o compõe. A expectativa para os próximos meses parece não ser muito positiva, considerando que inclusive o setor de serviços, que vinha puxando a recuperação do emprego, começa a perder fôlego. Apesar do avanço da vacinação, o ambiente macroeconômico mais frágil tem deixado os empresários cautelosos, o que limita a retomada do emprego", diz a nota divulgada pela entidade.
O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante. Quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.
Em novembro, todos os sete componentes do IAEmp contribuíram negativamente para o resultado. Segundo a FGV, os destaques foram os indicadores de Emprego Previsto e de Situação Atual dos Negócios da Indústria, que recuaram 8,1 e 7,2 pontos, na margem, e o indicador de Situação Atual dos Negócios de Serviços, que caiu 7,6 pontos na margem.