O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 6,7 pontos na passagem de outubro para novembro, para 73,1 pontos, menor nível desde julho de 2020 (66,1 pontos), informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 3,1 pontos.
"O resultado de novembro do IAEmp consolida a queda observada no mês anterior. Com esse resultado, o nível do indicador volta a um patamar baixo, se aproximando dos períodos iniciais da pandemia", avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Conforme Tobler, a expectativa de desaceleração da economia, já sendo observada em alguns setores, e alguma instabilidade do período eleitoral, parecem contribuir para essa piora mais acentuada do IAEmp.
"A tendência para os próximos meses ainda é incerta, mas é difícil imaginar que o mercado de trabalho passe ileso de um desaquecimento econômico que deve ser registrado nessa virada para 2023", completou o economista.
O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o nível, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.
Em novembro, todos os sete componentes do IAEmp contribuíram negativamente para o resultado. Os destaques foram os itens que medem a Tendência dos Negócios de Serviços, -1,3 ponto; Emprego Previsto nos Serviços, -1,0 ponto; Situação Atual dos Negócios de Serviços, -1,0 ponto; Situação Atual dos Negócios da Indústria, -1,0 ponto; Tendência dos Negócios da Indústria, -1,0 ponto; e Emprego Local Futuro do Consumidor, -0,9 ponto.