Os reajustes de mensalidades escolares e os aumentos nos preços dos alimentos pressionaram a inflação no varejo medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de janeiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 6.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de uma alta de 0,29% em dezembro para uma elevação de 0,61% em janeiro. Cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Educação, Leitura e Recreação (de 0,42% em dezembro para 2,59% em janeiro), Alimentação (de 1,01% para 1,54%), Saúde e Cuidados Pessoais (de -0,10% para 0,30%), Comunicação (de -0,39% para 0,13%) e Despesas Diversas (de 0,10% para 0,19%). As maiores pressões partiram dos itens cursos formais (de 0,00% para 6,65%), hortaliças e legumes (de 7,07% para 10,08%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -1,47% para 0,04%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de -0,49% para 0,60%) e despachante (de -0,08% para 0,65%).
Na direção oposta, as taxas foram mais brandas nos grupos Vestuário (de 0,52% para -0,27%), Habitação (de 0,24% para 0,10%) e Transportes (de -0,03% para -0,17%). As principais influências foram de roupas (de 0,48% para -0,34%), aluguel residencial (de 0,03% para -1,24%) e tarifa de táxi (de 9,47% para -7,50%).
O núcleo do IPC-DI teve alta de 0,37% em janeiro, após um aumento de 0,33% em dezembro. Dos 85 itens componentes do IPC, 36 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 57,42% em dezembro para 63,87% em janeiro.