Economia

FI-FGTS libera R$ 1,7 bilhão para Rumo Logística e Grupo Energisa

O comitê de investimento do FI-FGTS aprovou nesta quarta-feira, 27, aporte de até R$ 1 bilhão na Rumo Logística, controlada pela Cosan Logística. O colegiado ainda deu sinal verde para o desembolso de até R$ 700 milhões ao Grupo Energisa, que controla 13 distribuidores em 9 Estados.

O órgão é formado por representantes do governo, dos trabalhadores e dos patrões. Eles decidem os investimentos que são feitos em infraestrutura com parte do dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que forma o bilionário fundo de investimento, administrado pela Caixa.
A operação de financiamento da Rumo será feito por meio de emissão de debêntures (dívida privada de longo prazo) que podem ser convertidas em ações. De acordo com o projeto, os recursos do FI-FGTS serão usados para compor um plano de recuperação das ferrovias e para a renovação e aquisição de locomotivas e vagões.

Na primeira fase, os investimentos chegarão a R$ 2,8 bilhões. Na etapa seguinte, estima-se R$ 8,6 bilhões para a construção e expansão de pátios, duplicação de trechos, aquisição de outras locomotivas e vagões e ampliação dos acesos aos terminais portuários de Santos, Paranaguá, São Francisco do Sul e Rio Grande, entre outros. O primeiro sinal verde para o aporte foi dado pelo comitê de investimento do FI-FGTS em outubro do ano passado.

A Cosan Logística controla mais do que um quarto do capital da Rumo, líder mundial em logística de açúcar destinado a exportação. No ano passado, a companhia se fundiu com a América Latina Logística (ALL), maior empresa de logística independente da América Latina.

A Rumo ALL se tornou a maior operadora de ferrovias do País com atuação nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A companhia conta com 12,9 mil quilômetros de malha ferroviária sob o regime de concessão, 19 milhões de toneladas de capacidade de elevação no porto de Santos, 966 locomotivas, 28 mil vagões e 11,8 mil empregados diretos e indiretos.

O investimento de R$ 700 milhões para a Energisa será feito por meio de cotas de um fundo de investimento. O dinheiro será usado, segundo o projeto, para construção, reforma, ampliação e implantação de distribuidoras de energia em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A subsidiária do Mato Grosso prevê R$ 548 milhões, sendo 40% com recursos do FI-FGTS e 50% do BNDES. Já a do Mato Grosso do Sul planeja investir cerca de R$ 1,2 bilhão, na mesma proporção entre o fundo e o banco de fomento. O primeiro aval do comitê de investimento do FI-FGTS a essa operação foi dado em novembro do ano passado.

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