A Federação Internacional do Automobilismo (FIA) vetou nesta sexta-feira a superlicença solicitada por Colton Herta, piloto da Fórmula Indy, para competir na Fórmula 1 na próxima temporada. O americano de 22 anos estava na mira da Red Bull, que tinha interesse em colocá-lo na AlphaTauri, sua segunda equipe, no lugar de Pierry Gasly, especulado na Alpine.
"A FIA confirma que um inquérito foi aberto por meio dos canais apropriados, que levaram à confirmação de que o piloto Colton Herta não tem o número necessário de pontos para receber uma superlicença. A FIA continuamente revisa suas regras e procedimentos, incluindo o que diz respeito à elegibilidade da superlicença, com os principais fatores considerados sendo segurança, experiência e performance no contexto da trajetória", diz o comunicado.
A decisão de não autorizar a superlicença já era esperada, tanto que a AlphaTauri já havia recuado quanto à liberação de Gasly para a Alpine, o que só aconteceria se conseguisse trazer Herta para a equipe. Herta não reúne condições de receber a autorização pois não tem a pontuação necessária – possui apenas 32 dos 40 pontos exigidos pela FIA.
A possibilidade de abrir uma exceção ao americano causou insatisfação em pilotos e dirigentes de outras categorias, como a Fórmula 2 e a Fórmula 3. Na contramão, pilotos da Indy defenderam o pedido de Herta e criticaram o atual sistema de pontos e ranqueamento da Indy, tratada pela FIA como uma categoria meio-termo entre a F-2 e a F-3.
Colton Herta venceu sete corridas da Indy e é o mais jovem vencedor da história da série. Piloto da Andretti, equipe com a qual tem contrato até o fim de 2023, terminou a última temporada em décimo lugar.