Neste 16 de fevereiro de 2018 tem início o ano novo do calendário chinês, que é representado pelo cão e pelo elemento terra. A diferença no calendário, em relação ao ocidental (já que os chineses entram no ano 4716), leva em consideração tanto as fases da lua como a posição do sol. O Ano Novo Chinês começa na noite da lua nova mais próxima do dia em que o sol passa pelo décimo quinto grau de Aquário.
Os chineses relacionam cada novo ano a um dos doze animais que teriam atendido ao chamado de Buda para uma reunião. Apenas doze teriam se apresentado e, em agradecimento, Buda os transformou nos signos da astrologia chinesa. Desta vez, é o cachorro.
Para o guarulhense Julio Ganiko, especialista em terapias orientais, trata-se de um período que terá como princípio a maior característica de um cachorro, que é a fidelidade. “Será um tempo para se privilegiar a lealdade acima de qualquer coisa. É hora de colocar os pés no chão”. Ele lembra que, para ilustrar melhor o que significará o ano do cão, vale voltar aos anos de 2016 e 2017, que tiveram o macaco e galo, respectivamente, como os animais que regeram esses períodos, ambos do elemento fogo.
Ganiko gosta de fazer uma analogia principalmente em relação ao macaco. “Experimenta colocar um dentro de casa. Ele tira tudo do lugar, tira o sossego das pessoas acomodadas, causando uma grande transformação”, afirma. O especialista lembra que 2016 foi um período bastante conturbado no país, com mudança de poderes, quando ocorreu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e ascensão de Michel Temer (MDB). Em Guarulhos, ocorreu a eleição do prefeito Guti (PSB), rompendo com o período de 16 anos de PT na administração municipal.
Na vida pessoal e profissional, muita gente mergulhou numa crise sem precedentes, quando muitos precisaram se reinventar ao se verem desempregadas, por exemplo”, cita Ganiko. Prosseguindo em seu raciocínio, o especialista passou para 2017, quando o galo de fogo passou a reger o calendário chinês. “Ele veio para colocar ordem no galinheiro literalmente. Percebe que começou a ocorrer a organização, no sentido de arrumar bagunças. Foi um período em que foi-se eliminando parcerias antigas que não davam certo”, afirmou. Ganiko lembra que a ave canta de galo para mostrar que tem ordem na casa. “Custe o que custar, eu vou colocar ordem nisso. O elemento fogo enaltece que o galo vai brigar por seus ideais. Ele rompe com tudo que não está dando certo para mostrar que é ele que está no comando”.
O ano do cão
Ganiko aponta que junto ao ano do cão muda também o elemento fogo para terra. “Terra nos remete a colher o que se planta, a colocar a mão na terra para plantar e colher coisas boas. Já o cão, ele mantém as quatro patas no chão. Não é um animal que voa”. Neste sentido, enaltece as qualidades de um cachorro, que é um animal parceiro, companheiro, fiel e leal. “O símbolo do cão é a lealdade. Ou seja, neste ano será o momento para que as pessoas que não eram leais saiam da sua vida para darem lugar a novas, que venham para agregar, somar e para ajudar no progresso de nossas coisas”, enfatiza.
Ganiko insiste no companheirismo do cão. “As pessoas precisam aprender com ele. Se você chega em casa e estiver chovendo, ele sai na chuva para te receber. É um ajudando o outro. São coisas que não têm preço. Prevalece a lealdade sempre. Você pode brigar com ele que cinco minutos depois ele está à sua frente abandonando o rabo e feliz”.
Como a lealdade deve imperar neste período, Ganiko faz dois alertas importantes em relação aos relacionamentos. “Quem está sozinho, principalmente devido a algum trauma relacionado a traições passadas, será um ótimo período para conhecer uma pessoa boa e leal. Vai encontrar parceiros que poderão ser seus companheiros por um longo período numa relação de muita lealdade”. Por outro lado, quem está em um relacionamento precisa ficar atento porque a fidelidade continua imperando. “Qualquer escapadinha pode trazer problemas que podem mudar a trajetória da vida. A infidelidade vai ter um custo muito alto. Precisa ter o pé no chão, o pé na terra para estar equilibrado”.
Para finalizar, Ganiko reforça a ideia de que as pessoas precisam estar preparadas para absorver tudo o que a terra traz para a gente. “Só vai colher o que for plantado. Ela é rica para devolver tudo que você trouxer para ela. Esteja aberto para parcerias”, encerra.
