A Fifa informou nesta terça-feira a instauração de um processo disciplinar para avaliar a suspensão do jogo entre Brasil e Argentina. Interrompido aos cinco minutos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no domingo, sob alegação de quebra de protocolo do sistema anticovid por parte de quatro jogadores argentinos, o clássico virou um jogo de acusações.
"Após análise dos relatórios oficiais da partida entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, a Fifa pode confirmar que um processo disciplinar foi aberto envolvendo as duas agremiações-membro", informou a Fifa. "As duas seleções foram solicitadas a fornecer mais informações sobre os fatos que levaram à suspensão da partida, que serão coletadas e, em seguida, analisadas exaustivamente pelo Comitê Disciplinar da Fifa. Atualizações seguirão no devido tempo."
A entidade quer colher as justificativas das seleções que estiveram na Neo Química Arena, em São Paulo, para definir qual rumo seguir. As confederações brigam para não ter a remarcação do jogo e cobram os três pontos.
A CBF garante ter informado os argentinos com 40 horas de antecedência que Buendía, Martínez, Romero e Lo Celso não poderiam entrar no País por terem passado pela Inglaterra, onde atuam, menos de 14 dias antes do clássico na Neo Química Arena.
A Anvisa ainda acusa os jogadores de terem falsificado a documentação de entrega no Brasil e depois de se esconderem em suas visitas ao treino e ao hotel da concentração. O pedido, ignorado, era pela extradição de todos.
Por outro lado, o técnico Lionel Scaloni afirmou em entrevista coletiva que os argentinos em momento algum foram notificados sobre o problema, tanto que foram a campo. Como o jogo foi interrompido com bola rolando, eles se esquivam, culpam o Brasil pelo "papelão", palavras do goleiro Romero, e vão cobrar que sejam definidos os vencedores.