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Fifa confirma ausência de Blatter na decisão do Mundial Sub-20

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, não vai viajar para a Nova Zelândia, onde será realizada a final do Mundial Sub-20 no próximo sábado. Em meio a rumores de que Blatter correria o risco de ser preso em muitos países, a Fifa confirmou nesta terça-feira que ele permanecerá na Suíça ao invés de viajar para Auckland, palco da decisão.

“Devido aos seus compromissos atuais em Zurique o presidente da Fifa, não terá condições de viajar para a Nova Zelândia para participar da final”, disse a entidade em um comunicado oficial.

A situação de Blatter no comando da Fifa se deteriorou de tal modo que dirigente anunciou alguns dias após ser reeleito para um novo mandato a decisão de deixar a presidência da entidade e de convocar novas eleições, que devem acontecer entre dezembro deste ano e março de 2016.

A decisão foi tomada na sequência da prisão de sete dirigentes em Zurique, há três semanas, em uma investigação sobre corrupção no futebol, liderada pelas autoridades norte-americanas, que solicitam a extradição deles, incluindo a do brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF.

O presidente da Fifa também seria alvo das investigações. Enquanto isso, ele está trabalhando em uma proposta de reforma da Fifa, que precisa ser aprovada pelas associações.

Em outras edições do Mundial Sub-20, Blatter assistiu ao menos uma partida da competição, que agora está ignorando. O presidente da Fifa acompanhou a cerimônia de abertura e os dois primeiros jogos do torneio de 2013, na Turquia, quando deixou o Brasil durante a Copa das Confederações em meio aos protestos no País. Em 2011, ele assistiu a final da competição na Colômbia.

A Fifa disse nesta terça-feira que Blatter ainda pode ir ao Canadá para acompanhar a decisão do Mundial Feminino em 5 de julho, em Vancouver. Ele e seu secretário-geral, Jérôme Valcke, ainda não foram ao Canadá para o torneio, que começou há dez dias.

Valcke também tem seu nome envolvido na investigação realizada pelos Estados Unidos por ter ajudado a transferir US$ 10 milhões das finanças da Fifa em 2008 para contas controladas por Jack Warner, então um dos vice-presidentes da entidade.

Os promotores norte-americanos alegam que o dinheiro foi o pagamento de um suborno da África do Sul a Warner e outros membros da Fifa para votar no país no processo de escolha da sede da Copa do Mundo de 2010.

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