A Fifa divulgou um comunicado oficial nesta quinta-feira, assinado também pelos presidentes das seis confederações de futebol, a respeito da Superliga Europeia, que reuniria os melhores times dos principais países do continente. A entidade que rege o futebol mundial deixa um aviso sério aos clubes e aos jogadores que queiram fazer parte da nova competição de elite da Europa: quem participar, será excluído de todas as competições da Fifa, Uefa, CAF (África), Conmebol (América do Sul), OFC (Oceania), AFC (Ásia) e Concacaf (Américas do Norte e Central e Caribe).
"De acordo com os estatutos da Fifa e das confederações, todas as competições devem ser organizadas ou reconhecidas pelo órgão competente em seu respectivo nível, pela Fifa em nível global e pelas confederações em nível continental", disse o texto, justificando as suas possíveis reações em caso da existência da Superliga Europeia.
Encabeçado por Liverpool e Manchester United, o novo torneio juntaria clubes da Inglaterra, França, Alemanha, Itália e Espanha. O início da Superliga Europeia, que ainda não saiu do papel, seria já no ano que vem.
Os 11 clubes fundadores são Real Madrid, Barcelona, Manchester United, Manchester City, Chelsea, Arsenal, Liverpool, Paris Saint-Germain, Juventus, Milan e Bayern de Munique, o atual vencedor da Liga dos Campeões. A estes seriam convidados outros cinco clubes: Atlético de Madrid, Olympique de Marselha, Inter de Milão, Roma e Borussia Dortmund.
"À luz das recentes especulações da imprensa sobre a criação de uma Superliga Europeia por parte de alguns clubes europeus, a Fifa e as seis confederações (AFC, CAF, Concacaf, Conmebol, OFC e Uefa) gostariam de reiterar e enfatizar, mais uma vez, que tal competição não será reconhecida nem pela Fifa nem pelas suas seis confederações. Qualquer clube ou jogador envolvido em tal competição não poderá participar em nenhuma competição organizada pela Fifa ou por qualquer uma das seis confederações", afirmou o comunicado oficial.
A ideia de criar uma Superliga Europeia foi revela pela primeira vez em 2016, mas nunca foi concretizada, chegando a ser afastada pela Uefa, que aceitou, para isso, algumas reivindicações de clubes europeus. Em março de 2017, o presidente da Uefa, o esloveno Aleksander Ceferin, rejeitou a proposta, indicando que "isso significaria uma guerra" dos clubes com a entidade.