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Fifa rejeita a quarta substituição no futebol e também veta vídeo

Mudanças nas regras do futebol não serão para já. A Fifa rejeitou por enquanto uma quarta substituição em jogos de futebol em caso de prorrogações e ainda vetou a ideia do uso do vídeo, pedindo novos estudos sobre o assunto.

Neste sábado, a entidade se reuniu em Belfast com as delegações que fazem parte do International Football Association Board (IFAB), espécie de diretório que se ocupa de proteger as regras do jogo. Em pauta, o grupo debateu medidas que pudessem “modernizar” o futebol, reduzir o impacto sobre a saúde de jogadores e tornar menos polêmico.

Mas a opção, por enquanto, é apenas de solicitar maiores informações, mais estudos e aguardar até que se tome decisões mais drásticas. “Acreditamos que três substituições são adequadas para o futebol”, indicou a IFAB.

Em fevereiro, o Estado de S. Paulo revelou com exclusividade que a Fifa havia colocado o debate sobre a quarta substituição na agenda da reunião, numa indicação clara de que queria corrigir erros da Copa de 2014. O Mundial foi marcado por um número importante de partidas que foram para a prorrogação. O que o departamento médico da entidade entendeu é que os jogos caíram em qualidade depois dos 90 minutos e que a saúde dos jogadores passava a ficar ameaçada, quando muitos eram forçados a ficar em campo mesmo se arrastando.

Mas, neste sábado, o grupo que é formado pela Fifa e pelas quatro federações britânicas optou uma vez mais pelo conservadorismo. “Não estamos fechando as portas. Mas, em 40 anos, passando de uma para três substituições e achamos que o número é adequado”, indicou a entidade.

VÍDEO – O que também foi rejeitado por enquanto é a introdução do vídeo para ajudar árbitros. Numa esperança de mostrar que ele pode modernizar o futebol, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, propôs durante a Copa do Mundo que replay fosse estabelecido em quatro ocasiões por jogo, à pedido dos técnicos de cada equipe.

Um teste já estava ocorrendo com a Federação Holandesa de Futebol, permitindo em alguns jogos o uso de vídeo como experimento. Mas a IFAB rejeitou a proposta. O assunto deve continuar a ser debatido. Mas não deu um sinal verde.

A sugestão de Blatter era de que, a cada 45 minutos, os treinadores tivessem uma oportunidade para pedir que o juiz de um jogo interrompesse a partida e consultasse um replay para determinar uma jogada. A medida, porém, não seria válida para determinar impedimentos.

“Não estamos rejeitando. Mas ainda não está claro e não há clareza sobre o que seria aprovado”, declarou Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa.

SUBSTITUIÇÃO – Uma das medidas adotadas, porém, foi a autorização para que substituições temporárias de jogadores possam ser realizadas em jogos amadores.

Outra medida aprovada foi o fim da “tríplice punição”, uma referência às regras que estabelecem que um jogador que seja derrubado prestes a fazer um gol deve ganhar um pênalti e ver seu oponente ser expulso e suspenso do próximo jogo. A ideia, que deve ser aprovada em março, é o fim da suspensão automática do jogador que tenha cometido a falta.

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