O ex-jogador português Luis Figo, que retirou a sua candidatura à presidência da Fifa antes mesmo da votação em 29 de maio, comemorou a decisão do suíço Joseph Blatter de deixar o comando da entidade e convocar novas eleições, classificando esta terça-feira como “um dia bom para o futebol”.
“Um dia bom para a Fifa e para o futebol. A mudança está finalmente chegando. Como disse na minha declaração de sexta-feira (quando Blatter foi reeleito): o dia podia tardar, mas chegaria. Ele aí está!”, escreveu Figo em seu perfil na rede social Facebook.
Para o português, o momento agora é de buscar uma solução de consenso para o comando da Fifa. “Devemos agora, de forma responsável e serena, procurar uma solução consensual em todo o mundo para que comece uma nova era de dinamismo, transparência e democracia na Fifa”, completou o ex-jogador.
Em meio a um escândalo de corrupção que provocou prisões de vários membros da Fifa, incluindo o brasileiro José Maria Marin, e que envolveria nomes do alto escalão da entidade, entre eles o secretário-geral Jérôme Valcke, Blatter anunciou nesta terça a convocação de nova eleição presidencial, destacando que não pretende participar do pleito.
No início do ano, Figo anunciou a sua candidatura à presidência da Fifa, mas, dias antes do pleito, acabou deixando a disputa, assim como Michael van Praag, o chefe da Federação Holandesa de Futebol. Blatter acabou sendo reeleito em disputa contra o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein ao receber 133 votos a 73 do seu adversário no primeiro turno – o seu opositor desistiu de disputar o segundo turno.
Agora, porém, Blatter decidiu deixar o comando da Fifa, no momento em que a entidade é assolada por um escândalo que abalou como nunca a organização. A data da nova eleição ainda não foi definida.
INGLATERRA – O presidente da Associação de Futebol da Inglaterra, Greg Dyke, emitiu um comunicado em que declara ser uma “boa notícia” a decisão de Blatter de sair do comando da Fifa. “Acredito que é uma boa notícia para o futebol mundial e para a Fifa”, afirmou, defendendo uma ampla reforma na entidade.
“A mudança no comando da Fifa é o primeiro passo necessário na realização de uma verdadeira reforma da organização. Vamos agora nos comprometer a realizar qualquer papel que podemos para apoiar uma transformação positiva da Fifa para o benefício de todos os seus membros”, completou Dyke.