Um dia depois de o Fluminense pedir a anulação do Fla-Flu, o Figueirense anunciou nesta terça-feira que tomará a mesma medida em relação ao jogo contra o Palmeiras, disputado no domingo, no estádio Orlando Scarpelli. O time catarinense aponta erros da arbitragem na partida realizada em Florianópolis para justificar o pedido ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
O clube de Santa Catarina anunciou a medida em seu perfil no Twitter: “Figueirense entra com ação no STJD pedindo anulação da partida com o Palmeiras”. Sem dar maiores explicações sobre o pedido, o time convocou entrevista coletiva para esta quarta, às 12h30, para apresentar suas justificativas.
Na segunda, o pedido de anulação do Fluminense causou mudanças na tabela do Brasileirão. Com a iniciativa do time tricolor, o STJD declarou suspenso o resultado do Fla-Flu disputado na última quinta-feira. Nesta terça, a CBF acatou a decisão e retirou do rubro-negro os três pontos conquistados naquela partida, deixando o Palmeiras provisoriamente com sete pontos de vantagem na liderança do Brasileirão.
Esta diferença poderá ser reduzida, mesmo que provisoriamente, se o STJD e a CBF tomarem a mesma decisão quanto ao pedido de anulação anunciado pelo Figueirense. Neste caso, o Palmeiras também teria descontados três pontos na tabela, mantendo a diferença de quatro pontos na tabela para o Flamengo.
O duelo entre Figueirense e Palmeiras, no domingo, foi marcado por seguidos erros de arbitragem, a favor das duas equipes. No saldo final, o time catarinense alegou ter sido mais prejudicado, com falhas em três lances decisivos da partida, incluindo cobrança de lateral que originou um dos gols do rival paulista.
Ao fim da partida, o presidente do Figueirense, Wilfredo Brillinger, atacou a arbitragem de Igor Junio Benevenuto. “O futebol brasileiro está vergonhoso. Não tem credibilidade nenhuma. O árbitro veio predestinado. O campeonato está manchado. Saímos daqui com cara de palhaço. Reclamamos de 14 lances nos últimos 19 jogos com a CBF. Em nove a comissão de arbitragem nos deu razão. Primeira vez que eu venho a público falar de arbitragem. Achava que o caminho era fazer um documento, ir conversar na CBF, mas realmente não adianta nada”, criticou.
Assessor da presidência, o ex-jogador Branco também vociferou contra a arbitragem. “A gente está lutando, lutando, o cara vem aqui na mão grande… Querem moralizar o futebol brasileiro, aí o Marco Polo (Del Nero, presidente da CBF) promete 300 mil para o primeiro lugar da arbitragem (o melhor trio do Brasileiro ganhará R$ 300 mil). Eles não merecem nada”, disparou.