Variedades

Filhos seguem os passos dos pais e lançam carreira musical

Em abril deste ano, Chico Chico, filho da cantora Cássia Eller, morta em 2001, fez sua primeira apresentação em São Paulo, no Bourbon Street, em Moema, na zona sul da cidade. Ao lado do Matuano Trio, o cantor e compositor apresentou seu álbum de estreia, 2X0, lançado em 2015, com músicas autorais que transitam pelo rock, blues, folk e MPB.

O público presente se assustou com a voz do garoto. Cássia, de alguma forma, estava ali presente. A entonação, o jeito de cantar, a maneira de sorrir: tudo era muito parecido com a mãe. Apesar dos inúmeros pedidos, Chico não cantou nenhuma música interpretada por ela. Preferiu se prender ao repertório autoral: Caponav, Quanto Calor, Folhas da Praça Paris ou Nada Mais. Quem queria ouvir Chico cantar Cássia ficou apenas na vontade. “As pessoas criam isso (de não falar sobre o assunto). Mas está tranquilo. Agora, eu acho que (o fato de ter o sobrenome Eller) facilita alguma coisa. Eu não estaria falando com você. Uma pena, isso reflete algo que está errado na mídia”, disse em entrevista ao Estado naquela ocasião. Apesar do tabu, parece questão de tempo para que ele “ceda à pressão popular”.

Desde que se lançou como cantora, em 2002, Maria Rita teve de lidar com as inúmeras comparações com a mãe, Elis Regina (1945-1982). Uma responsabilidade imensa já que ela é considerada uma das maiores intérpretes brasileiras. Em 2012, quase 10 anos depois, Maria Rita aceitou o desafio e lançou em CD e DVD o registro do show Redescobrir, em que ela – finalmente – canta o repertório da mãe, Elis.

Os primeiros cinco shows ocorreram dentro do projeto Nivea Viva Elis, que relembrou os 30 anos da morte da cantora, no começo daquele mesmo ano. O projeto, entretanto, virou uma turnê que percorreu o País ao longo do ano, mas a decisão de cantar as músicas de Elis Regina não veio de maneira fácil e, segundo Maria Rita, ela sentia uma “insegurança descabida” de revisitar a obra da mãe.

Já o filho caçula de Caetano Veloso, Tom Veloso, de 18 anos, é o principal compositor da banda Dônica. O estilo musical do grupo é o rock, mas tanto nas letras quanto nas melodias ficam claras as influências da música popular brasileira, como Lenine, Milton Nascimento e, obviamente, Caetano Veloso. “Eu mostro minhas composições. Ele (Caetano Veloso), no entanto, nunca dá palpite. Não mexe em nada, só diz se gostou ou se não gostou”, afirmou Tom, em uma entrevista. O jovem compositor, embora tenha uma proposta musical diferente da do pai, nunca descartou tocar suas composições.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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