Sob a escuridão da noite, 40 filipinos que trabalham para as forças de paz das Nações Unidas escaparam do cerco de insurgentes nas Colinas Golã, após sete horas de tiroteio, disseram autoridades filipinas neste domingo. Os insurgentes da Frente Nustra, ligada à Al-Qaeda, ainda mantêm outros 44 filipinos como prisioneiros.
Os representantes das forças de paz foram capturados na quinta-feira, atitude condenada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. A crise começou quando os rebeldes sírios passaram a região de Quneitra, na fronteira da Síria com as áreas controladas por Israel no Golã na quarta-feira. Um dia depois, os insurgentes da Frente Nustra, ligada à Al-Qaeda, cercaram os filipinos a trabalho das Nações Unidas e capturaram parte deles.
Os filipinos, que ocupavam dois acampamentos das Nações Unidas, recusaram-se a negociar com os insurgentes e os combateram. Um primeiro grupo de 35 filipinos foi escoltado com sucesso do acampamento em Breiqa por forças irlandesas e filipinas a bordo de tanques. Outro grupo de 40 ficaram presos em um segundo acampamento, chamado Rwihana, depois que mais de 100 atiradores tomaram o campo com caminhões e ataques de morteiros. Os filipinos responderam ao ataque em sua defesa, disseram oficiais do exército das Filipinas.
Em um momento, as forças do governo sírio chegaram a intervir utilizando-se de artilharia de longa distância a favor dos filipinos. Após as sete horas de batalha, os 40 filipinos atravessaram as montanhas por cerca de duas horas antes de se encontrarem com forças das Nações Unidas, que os escoltaram em segurança nesta manhã de domingo.
Porta-voz do exército Pilipino disse que os governos da Síria e de Israel, assim como dos Estados Unidos e do Catar ofereceram apoio à operação, mas não deu detalhes.