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Filme basco dá início ao Cine Ceará 2016

O 26.º Cine Ceará tem início nesta quinta, 16, à noite no Cine São Luís, centro de Fortaleza, com um filme basco e homenagem a um ator mexicano. Chico Diaz é brasileiríssimo, mas nasceu na Cidade do México, de mãe brasileira e pai paraguaio. No caso, ou por este acaso, personifica como ninguém a amizade entre Brasil e México destacada no evento. Chico, conhecido por seus trabalhos na TV e no teatro, no cinema participou em mais de 40 filmes, entre eles Os Matadores, de Beto Brant, e Corisco e Dadá, de Rosemberg Cariry.

Ter o México como país homenageado significa pôr em destaque uma das cinematografias mais vigorosas do continente. A retrospectiva compõe-se de 22 longas-metragens, dos quais sete inéditos no Brasil, e mais mesas de debates, simpósios e laboratórios. Entre os diretores a serem revisitados, Arturo Ripstein, Carlos Reygadas e Amat Escalante.

O filme de abertura é Avó, de Alsier Altuna, que, conforme diz a sinopse, mostra o conflito entre pais e filhos, o urbano e rural, o passado e o presente. O País Basco já se fez representar ano passado no Cine Ceará com o ótimo Loreak (Flores). Tomara a dose se repita em 2016.

Além de Avó, os concorrentes da mostra principal são Clever (Uruguai), Casa Blanca (México), Salsipuedes (Panamá), Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois (Brasil), Epitáfio (México), Maresia (Brasil), Menino 23 (Brasil). Haverá também concurso de curtas-metragens, com 15 concorrentes, todos brasileiros.

No panorama congestionado de festivais de cinema no Brasil, o Cine Ceará tem se destacado por seu recorte ibero-americano. Dá visibilidade a um tipo de cinematografia ainda rara em um circuito comercial formatado, como se sabe, para escoar a produção de Hollywood. Os latino-americanos costumavam conversar mais nos anos 1960. Depois se isolaram, por razões geopolíticas conhecidas.

Cabe agora retomar esse diálogo interrompido. O Cine Ceará faz a sua parte, ao exibir filmes de vários países e colocar em contato diretores e jornalistas de diversas origens.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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