A partir deste domingo (21), os relógios devem ser atrasados em 1 hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A mudança altera as rotinas e pode trazer desconforto para algumas pessoas chegando a interferir no rendimento diário.
Para a médica Rossana Maria Russo Funari, clínica geral e geriatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, é comum que a adaptação dure, em média, sete dias. “Além da sonolência, algumas pessoas podem apresentar outros sintomas, como enxaqueca, dor de estômago e alteração do apetite.
Para evitar problemas durante esse período, a Dra. Rossana recomenda, na medida do possível, preparar-se para dormir, mais ou menos, no horário de sempre (do relógio). “Uma boa dica é dormir com as janelas abertas, pelo menos nos primeiros dias, para que seja possível acordar naturalmente com a claridade”, diz. Isso ajudaria na sincronização dos relógios físico e biológico. Além disso, é importante evitar bebidas que tirem o sono, caso do café, refrigerantes e alguns tipos de chá que contém cafeína.
Outra recomendação importante é não dirigir por várias horas seguidas (ao pegar estradas, por exemplo), durante os dias em que a pessoa estiver mais sonolenta e cansada.
De acordo com a médica, dependendo do estilo de vida, a pessoa pode ter mais ou menos desconforto na mudança de horário. Pessoas que têm uma vida mais regrada quanto aos horários de alimentação e de sono, tendem a ser mais afetadas. “Se a pessoa costuma acordar muito cedo para trabalhar, a mudança é mais perceptível. No fim do horário de verão, a tendência é dormir mais tarde, enquanto o relógio biológico está ‘programado’ para acordar mais cedo. Isso prejudica o rendimento”, explica.