A FINAL entre Corinthians e Ponte Preta premia os dois melhores times do Campeonato Paulista. Curiosamente, os alvinegros que vão disputar a taça do Estadual deste ano não começaram bem, mas cresceram ao longo da competição. A Macaca, num determinado momento, ficou bem perto até da eliminação em um grupo que tinha o Santos e o surpreendente Mirassol. Mas, no fim, provaram que a classificação à decisão foi justíssima.
HISTÓRICO
A DECISÃO colocará frente a frente, 40 anos depois, os protagonistas da grande decisão de 1977. Naquele ano, o Corinthians saía de uma seca de 22 anos sem títulos diante de uma fortíssima Ponte Preta. O time campeão de 77 foi conhecido após três partidas, todas no Morumbi. Esse título é considerado pela maioria dos corintianos a maior conquista do clube, superando até a Copa Libertadores de América de 2012 e os Mundiais de 2000 e 2012.
EM CAMPINAS
A FPF (Federação Paulista de Futebol) é quem decide os mandos de jogos das finais. Porém, duvido que a entidade tirará o primeiro jogo do Moisés Lucarelli, a exemplo do que foi feito em 1977. Os tempos são outros. A mobilização da torcida ponte-pretana e da cidade de Campinas também pesará a favor. Seria um retrocesso incrível colocar o jogo de ida no Morumbi, por exemplo.
PREOCUPANTE
O SÃO PAULO sofreu, em cinco dias, duas eliminações: a Copa do Brasil para o Internacional e o Paulistão para o Corinthians. Preocupante. Depois de toda a euforia em torno da chegada do técnico Rogério Ceni, eterno ídolo do clube, agora tem de encarar a realidade. São vários anos sem títulos, fato que o torcedor tricolor não está acostumado. Algo precisa ser feito porque, senão, daqui a pouco até Rogério Ceni começará a ser questionado.
NO ALLIANZ 1
ESTIVE NO Alianz Parque no último sábado para ver ao jogo Palmeiras e Ponte Preta. Além da justíssima classificação da Macaca à final, destaque para a arena alviverde. Coisa de outro mundo. Além de linda, tudo funciona perfeitamente e o público é respeitado e bem tratado. A acústica do estádio também é um espetáculo, transformando o local em um caldeirão. Por tudo isso, o sucesso de público. No jogo de sábado, mais de 39 mil ingressos vendidos e mais de 40 mil pessoas presentes.
NO ALLIANZ 2
ACOMPANHEI boa parte do jogo bem próximo de Alexandre Mattos, executivo do Palmeiras, no setor destinado à imprensa. Estava só, protegido por um segurança. Ficou em pé todo o jogo, mas sem falar nada. Poucas reações. Ao final da partida, mesmo com a eliminação do Palmeiras, assegurou o técnico Eduardo Baptista pelo menos até o final do ano. Garantiu que nada muda e o clube vai buscar o bicampeonato da Libertadores.
EM PIRACICABA 1
A MINHA estada nos estádio neste final de semana de jogos decisivos passou pelo Barão da Serra Negra, em Piracicaba. XV de Piracicaba e Portuguesa jogaram pela sobrevivência na Série A2. No final, 2 a 1 para o Nhô Quim, de virada, e os dois permaneceram na A2 – a Lusa não caiu porque o Velo Clube perdeu seu jogo e foi rebaixado. O mais emocionante foi o gol da vitória do XV, que saiu aos 45 minutos do segundo tempo. Até então, o empate estava decretando a queda.
EM PIRACICABA 2
A TORCIDA do XV está de parabéns. O time em péssima fase e quase 4.000 pagantes foram ao Barão da Serra Negra para apoiar o clube. A final da fase de classificação, o Alvinegro teve a segunda melhor média de público, perdendo somente para o Guarani. O Bugre, por sinal, não se classificou para as semifinais e irá amargar mais um ano na Série A2 do Campeonato Paulista.
65 ANOS DEPOIS
NOVO HAMBURGO está em festa. A equipe que leva o nome da cidade gaúcha eliminou o Grêmio e fará a final contra o Internacional, que busca o sexto título na sequência. O Novo Hamburgo chega, assim, a sua sexta final de Campeonato Gaúcho. O detalhe é que a última vez que isso aconteceu foi em 1952.
FRASE DA SEMANA
“Estou emocionado porque podemos entrar para a história da Ponte Preta”
Willian Pottker, atacante da Macaca, após o jogo contra o Palmeiras, que deu ao clube a vaga na final do Paulistão.
