Nove unidades da federação estão na zona de alerta crítico para a ocupação de leitos de UTI Covid-19, com taxas iguais ou superiores a 80%. Outros onze Estados estão na zona de alerta intermediário – entre eles está São Paulo, com uma ocupação de 71%. Os números constam de nota técnica da Fiocruz divulgada nesta quinta-feira, 10, com dados do último dia 7.
Na última quarta-feira, 9, o País registrou 1295 mortes por covid-19 em 24 horas. Foi a pior marca desde julho passado, de acordo com o Consórcio de Veículos de Imprensa. Foi atingida apesar da imunização com duas doses já ultrapassar os 70% da população brasileira. Já na semana passada, a Fiocruz apontou que nove das 27 unidades da Federação enfrentavam alerta crítico na ocupação das suas UTIs.
Tocantins (81%), Piauí (87%), Rio Grande do Norte (89%), Pernambuco (88%), Espírito Santo (87%), Mato Grosso do Sul (92%), Mato Grosso (81%), Goiás (80%) e Distrito Federal (99%) estão em zona de alerta crítico. Já Rondônia (69%), Acre (67%), Pará (79%), Amapá (63%), Ceará (73%), Alagoas (69%), Sergipe (75%), Bahia (73%), Paraná (73%) e Santa Catarina (74%), além de São Paulo, estão em alerta intermediário.
Nas capitais, a situação é ainda mais preocupante. São 15 em zona de alerta crítico: Porto Velho (91%), Rio Branco (80%), Palmas (81%), Teresina (83%), Fortaleza (85%), Natal (81%), João Pessoa (81%), Maceió (82%), Belo Horizonte (82%), Vitória (89%), Rio de Janeiro (86%), Campo Grande (99%), Cuiabá (81%), Goiânia (91%) e Brasília (99%).
Outras cinco estão na zona de alerta intermediária: Macapá (74%), Recife (77%), Salvador (72%), São Paulo (72%) e Curitiba (76%)
O documento ratifica a preocupação com a disseminação da variante Ômicron sobretudo em áreas com baixa cobertura vacinal e recursos assistenciais precários. Essas condições podem causar a elevação do número de mortes por covid-19.
"Como temos sublinhado, a elevadíssima transmissibilidade da variante Ômicron pode incorrer em demanda expressiva de internações em leitos de UTI, mesmo com uma probabilidade mais baixa de ocorrência de casos graves", aponta a nota técnica.
Os pesquisadores alertam para a necessidade de avançar com a vacinação, principalmente entre crianças de 5 a 11 anos, exigir o passaporte vacinal como política de estímulo à vacinação e endurecer a obrigatoriedade de máscaras em locais públicos, como forma de controle da covid-19.