A inflação de serviços na capital paulista segue refletindo a recessão econômica em curso e voltou a desacelerar, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O Índice Geral de Serviços (IGS) saiu de 0,39% no fim de março para 0,27% na primeira quadrissemana de abril – últimos 30 dias terminados na quinta, dia 7. “Os produtos não comercializáveis (não relacionados ao câmbio) já estão reagindo ao atual ciclo econômico recessivo e isso deve se perpetuar pelo menos no curto prazo, independentemente do desfecho político”, disse o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, André Chagas.
Segundo o economista, o desenrolar na política será relevante para saber como a economia será conduzida e, consequentemente, ver o caminho a ser adotado pelos preços de serviços. “O desfecho é importante para ver o que virá depois. Muito dessa desaceleração está relacionado ao momento atual e também às expectativas”, avaliou.
A alta de 0,27% do IGS ficou bem menor que a de 0,94% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que apura a inflação na cidade de São Paulo – na primeira leitura de abril. Segundo ele, um dos principais motivos para a taxa maior do IPC ante o IGS está relacionado à pressão no grupo Alimentação (1,99%), que não entra no índice de serviços, mas apenas alimentação fora de casa (0,62%).