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Firjan rejeita proposta da CNI de ampliar oferta de serviços do Sistema S

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) não aceitará a proposta, feita pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, de ampliar em 25% os serviços oferecidos pelas redes do Sesi e do Senai, como contrapartida para evitar o corte nos recursos de contribuições repassados às federações das indústria, previsto na proposta inicial do governo federal de pacote fiscal para o Orçamento de 2016.

Segundo o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, a CNI apenas comunicou sua proposta, no domingo, 27, sem chamar a entidade fluminense para participar de discussões. A proposta de Andrade foi confirmada em almoço com Gouveia Vieira e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, informou o líder da Firjan. Skaf tem posição semelhante, segundo Gouveia Vieira.
“Não temos orçamento para assumir nada”, disse, ao deixar a abertura do evento de lançamento do Índice Global de Inovação, na sede da entidade, no Rio. “Trabalhamos com orçamento exato, não há desperdício algum”, completou.

O presidente da Firjan não deu detalhes da proposta da CNI. De acordo com Gouveia Vieira, no quadro de orçamento apertado, ampliar os serviços em 25% significaria “quebrar” as contas da rede do Sesi e do Senai, resultando no fechamento de unidades, ou então no fim da gratuidade nos serviços oferecidos. “Aqui no Rio, 80% dos serviços têm gratuidade”, disse Gouveia Vieira, para quem reduzir a gratuidade é “injusto”.

Nas contas da Firjan, a proposta inicial do governo implicaria redução de 50% no orçamento da rede Sesi e Senai, que atende 1 milhão de pessoas no Rio. Neste ano, já está havendo uma redução de 10% no orçamento desses serviços, segundo Gouveia Vieira, porque a retração na atividade econômica está afetando a arrecadação das contribuições direcionadas para o Sistema S. Com isso, a Firjan já dispensou 200 pessoas neste ano.

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