O atacante Roberto Firmino não tem dúvidas: o jogo de sábado contra o Paraguai vai ser bastante complicado para a seleção brasileira. Mas, em compensação, a confiança também está grande. O grupo começa a superar a ausência de Neymar e pronto para crescer. “O Paraguai vai ser um jogo duro, disputado. Mas é mata-mata e temos de ganhar o jogo”, disse nesta terça-feira, em Santiago.
Bastante tímido, preferindo respostas curtas – admitiu que não gosta de conceder entrevistas, por não se sentir à vontade -. Firmino garantiu que essa timidez não o prejudica em campo. “Eu me transformo”, disse o fã de Ronaldinho Gaúcho.
A timidez também não representa falta de ambição. Ao contrário. Após quatro temporadas no Hoffenheim, time com o qual tem contrato até 2017, o alagoano de Maceió entende que está na hora de evoluir na carreira. “Eu gosto de estar sempre ganhando jogos e, consequentemente, títulos. Está na hora de dar o próximo passo”, entende o atacante, que interessa a três times do futebol inglês: Liverpool (o favorito para levá-lo), Manchester United e Manchester City.
No entanto, segundo Firmino, isso é para depois da Copa América. Agora, é tempo de pensar na seleção. “Estou focado na seleção brasileira até o fim da Copa.”
Essa concentração, dele e dos outros jogadores, ajuda o grupo a viver sem Neymar. “A gente ficou triste com a saída do Neymar, mas a seleção procura se motivar para a cada jogo. Ele também se despediu bastante triste. É para gente ficar esperto por tudo o que aconteceu.”
Com poucos jogos pela seleção e ainda desconhecido do público brasileiro – como profissional, jogou uma Série B do Campeonato Brasileiro pelo Figueirense e foi para a Alemanha -, Firmino diz que gosta de se movimentar bastante em campo. “Contra a Colômbia voltei bastante, e contra a Venezuela estava no lugar certo na hora certa.”
Segundo maior artilheiro da seleção desde que Dunga reassumiu – quatro gols -, atrás de Neymar, Firmino tem levado vantagem sobre Diego Tardelli na briga pela posição. Ele diz que deixa a decisão para Dunga, procura fazer sua parte e considera que a Copa América também está servindo de aprendizado para as Eliminatórias. “Vamos ter jogos disputado, brigados, não vai ser nada fácil. As outras seleções estão trabalhando forte, mas nós também estamos.”