A agência de classificação de risco Fitch reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023 para 3,0%, de 3,2% na estimativa anterior, divulgada em setembro. Para 2024, no entanto, a projeção aumentou, passando de 1,3% para 1,5%. Já para 2025, a taxa de expansão esperada permaneceu em 2,1%.
Segundo a Fitch, a economia do Brasil perdeu fôlego recentemente por causa do nível ainda elevado da taxa básica de juros, a Selic, e com o fim da colheita de uma safra abundante neste ano.
A atividade, no entanto, seguiu amparada pelo consumo, diante de um mercado de trabalho forte, da recuperação dos salários e dos estímulos vindos dos gastos públicos.
"O investimento foi o ponto fraco, e a Fitch prevê que ele encolherá 3,4% em 2023", disse a agência em relatório.
No ano que vem, o crescimento do Brasil deve desacelerar por causa da normalização da produção agrícola, mas seguirá favorecido pela demanda doméstica.
"O consumo deve continuar apoiado no mercado de trabalho, e a política monetária menos restritiva pode equilibrar o impacto vindo de um aperto fiscal moderado", disse a Fitch.