O diretor executivo da Fitch Ratings, Rafael Guedes, ressaltou que as deterioradas contas fiscais brasileiras fazem com que o Brasil seja vulnerável a piora dos eventos na economia mundial, mesmo com o País tendo contas externas melhores que outros emergentes.
O ambiente político segue muito desafiador, disse ele, destacando que se consolidou entre os agentes a necessidade da reforma da Previdência. As medidas que alteram as aposentadorias, porém, são difíceis, sujeitas a lobbies em Brasília. “São reformas que não são populares em nenhum país do mundo.”
A implementação de uma agenda pró-mercado seria positiva para a atividade, observou o diretor da Fitch. A Previdência não será a única reforma necessária para estimular o PIB, completou, destacando a necessidade de mais medidas, como aquelas que melhoram o ambiente de negócios.
Para tomar futuras decisões ao reavaliar o rating soberano do Brasil, Guedes disse que a Fitch vai avaliar a melhora do ambiente político que facilite o avanço das reformas e o ritmo da consolidação fiscal. Outro fator a ser avaliado é a perspectiva de expansão da atividade econômica.