Enquanto acompanha o filho Emmo pelas competições de kart na Europa, Emerson Fittipaldi diz seguir de perto a difícil situação financeira que vive. Em entrevista ao <b>Estadão</b>, o bicampeão mundial de Fórmula 1 afirmou que vai "liquidar tudo" e diz estar trabalhando para isso. Ao mesmo tempo, criticou a publicação recente de notícias sobre suas dívidas.
No mês passado, o banco Safra disse à Justiça que Fittipaldi estaria escondendo seu patrimônio através de fraudes e empresas de fachada para não saldar o que deve. A instituição financeira cobra R$ 776,4 mil do ex-piloto, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
Na entrevista, o ídolo do automobilismo nacional diz ser vítima de notícias que buscam apenas audiência. "Primeiro, nunca escondi nenhum patrimônio. Já paguei muita dívida de volta e estou pagando e vou liquidar tudo. Os caras inventaram esse negócio, me deixou com uma imagem péssima, foi algo diabólico, e que não tem nada a ver com a realidade. Infelizmente, usaram a minha imagem para ter audiência e estão destruindo a minha imagem", disse Fittipaldi.
"Não falaram com ninguém da minha equipe, ninguém me ligou. Só me detonaram. São irresponsáveis. O que posso fazer? A verdade sempre vai vencer, sempre vai vir à tona, é uma questão de tempo. Estou muito tranquilo", completou.
O ex-piloto revelou que está usando o próprio patrimônio para quitar suas dívidas. "Vou pagar os credores no Brasil. Já paguei alguns em dinheiro mesmo. E estou pagando também com o meu patrimônio."
Questionado sobre o valor atual da dívida, Fittipaldi se esquivou. "Acho que não é o momento de falar. Vou liquidar tudo, não tenho medo. Estou trabalhando muito", declarou. "O pessoal que rouba o governo brasileiro e faz tramoia leva o dinheiro para fora. Eu ganhei dinheiro honestamente trabalhando lá fora e levei dinheiro para o Brasil."
Ele admitiu que suas dívidas surgiram na época em que investiu em etanol. "Investi no programa que o governo tinha feito de usina de etanol e foi onde perdi muito dinheiro, assim como grandes grupos internacionais. E eu entrei numa usina lá no Mato Grosso do Sul. Foi a minha grande dificuldade. E o que o governo tinha prometido, não cumpriu. Entrei em banco para pegar empréstimo e na época os juros eram um absurdo e foi absorvendo (meus recursos) aos poucos."