O clássico entre Flamengo e Vasco, neste domingo, no Maracanã, ficou marcado por briga generalizada entre as torcidas antes e depois do encontro, que acabou com oito feridos dando entrada no Hospital Municipal Souza Filho e a morte de Bruno Macedo dos Santos, baleado no bairro de São Cristóvão, próximo a São Januário. A diretoria do clube rubro-negro repudiou as lamentáveis cenas e chamou os envolvidos de "criminosos." O Vasco também condenou a violência.
Além de torcedores com armas de fogo, muitos ainda foram flagrados com pedaços de pau, barras de ferro e pedras. Foram apreendidas muitas bombas caseiras e rojões, em arsenal que sugeria uma guerra entre facções.
"O Flamengo não compactua com qualquer tipo de violência e lamentamos profundamente que episódios desta natureza ainda ocorram no ambiente do futebol", trouxe nota do clube. "Esses criminosos não representam nossa instituição centenária e não podem ser considerados torcedores."
O clube ainda se colocou à disposição da Justiça do Rio e a Polícia Militar para ajudar na identificação e prisão dos envolvidos em mais uma cena de selvageria entre torcidas. Dois envolvidos seguem internados em estado grave.
"O clube está à disposição dos órgãos competentes para colaborar com o que for necessário. Destacamos novamente que o Clube de Regatas do Flamengo é contra toda forma de violência, por qualquer motivação, dentro ou fora dos estádios. Prezamos a paz e a segurança de todos."
O Vasco também repudiou a violência, mas evitou condenar os envolvidos. "O Vasco da Gama lamenta profundamente e repudia a violência ocorrida nas ruas da cidade do Rio de Janeiro antes e depois do clássico, disputado na noite do último domingo, no Maracanã", afirmou o clube. "Em um momento de profissionalismo no futebol, é inadmissível que ainda nos deparemos com cenas desse tipo e que vão contra o real sentido do esporte."