Os presidentes de Flamengo e Fluminense foram ao Palácio Guanabara, sede do governo do Estado do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, para entregar uma proposta para que os dois clubes façam a gestão temporária do estádio do Maracanã. Concedida à iniciativa privada em 2013, a principal arena de futebol do Rio está sendo retomada pelo Estado por decisão do governador Wilson Witzel (PSC).
A proposta dos clubes visa a gestão do estádio até que uma nova licitação seja concluída, o que pode levar mais de um ano. E prevê que os quatro grandes do Rio de Janeiro joguem no Maracanã, não apenas Flamengo e Fluminense.
“Tivemos a preocupação em manter conversas com o Clube de Regatas Vasco da Gama e Botafogo de Futebol e Regatas durante todo o processo. Infelizmente, pela exiguidade de tempo, não foi possível alinhar uma proposta conjunta também com eles. No entanto, desde já nos comprometemos a dar aos dois clubes coirmãos o acesso justo e isonômico ao uso do Complexo”, disse trecho da carta.
Na saída do Palácio Guanabara, o presidente rubro-negro, Rodolfo Landim, reforçou a intenção. “O objetivo é a gente fazer isso de forma harmônica e com a possibilidade de participação de todos os clubes. O objetivo não é só Flamengo e Fluminense jogarem lá, o objetivo é que todos os clubes possam jogar”, afirmou aos jornalistas. “Não temos dúvida nenhuma de que as condições de que nós vamos oferecer, juntos, para que outras agremiações possam participar lá serão melhores e mais baratas do que as que existem hoje”.
Apesar disso, não foram dados detalhes do acordo que Flamengo e Fluminense estão propondo. “A gente vai detalhar no momento certo”, limitou-se a dizer o presidente tricolor, Pedro Abad. “O Maracanã não é um equipamento que vai passar a ser de Flamengo e Fluminense. Nós apenas vamos gerir um equipamento que é do Estado. Pela proposta que nós fizemos, se Vasco e Botafogo quiserem jogar, vão ter o mesmo nível de desembolso e receita que Flamengo e Fluminense terão. Da mesma forma que o estádio também é para eles jogarem. Nossa proposta é totalmente inclusiva”, insistiu.