O Flamengo emitiu uma nota oficial em seu site, nesta quarta-feira, na qual afirmou que encaminhou para a CBF todos os laudos de segurança necessários para a liberação do estádio da Ilha do Governador, na zona norte do Rio, que foi reformado pelo clube para ser a sua casa no Brasileirão e que o time pretendia usar como mandante no clássico contra o Botafogo, domingo, às 11 horas, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.
O texto garante que o estádio “encontra-se em plenas condições para abrigar qualquer partida, o que acontecerá a qualquer momento, a critério da Confederação Brasileira de Futebol”. Entretanto, o comunicado não falou em nenhum momento sobre quando entregou os documentos à entidade, que disse só ter recebido os mesmos ao final da manhã desta quarta.
O regulamento da CBF prevê que a troca de local de uma partida seja informada com cinco dias de antecedência a um jogo. Ou seja, a entrega destes laudos de segurança teriam que ter ocorrido até a noite de terça-feira. Assim, o clássico contra o Botafogo está marcado para o estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, e segue confirmado pela entidade que controla o futebol nacional como palco da partida.
Assim, o time flamenguista não poderá estrear a nova arena no clássico, como pretendia a diretoria do clube. Antes disso, o Flamengo havia firmado um contrato com a Portuguesa carioca, que é proprietária do estádio, para a utilização do mesmo por três anos (renováveis por mais três). O clube rubro-negro construiu estruturas novas e pintou a arena com as suas cores. A capacidade é de pouco mais de 20 mil espectadores. No ano passado, o estádio da Ilha foi utilizado pelo Botafogo, que coincidentemente seria o primeiro rival do novo arrendador.
Mas o local não receberá todos os jogos do Flamengo nesta temporada, na qual o clube também deverá realizar partidas como mandante no Maracanã. O clube chegou a negociar com os demais considerados grandes do Rio de Janeiro – Fluminense, Vasco e Botafogo – a possibilidade de participar de uma nova licitação para gerir o estádio, que hoje é administrado pelo Consórcio Maracanã S.A, controlado pela construtora Odebrecht, companhia que liderou a transformação do estádio em arena para a Copa do Mundo de 2014.
Recentemente, a empresa Lagardère desistiu de comprar a concessão do estádio do Maracanã. Os franceses estavam próximos de acordo com o grupo Odebrecht, mas optou por não levar adiante o negócio devido à indefinição do governo do Estado do Rio de Janeiro. O executivo estadual ainda não decidiu oficialmente se aceita o simples repasse da outorga ou se lançará um novo edital de concessão.