O incômodo jejum de nove jogos do Flamengo sem vitórias sobre o Vasco chegou ao fim. Mesmo com um futebol fraco e público inferior a 6 mil pagantes, muito em virtude da indefinição durante a semana sobre o local e a sensação de segurança, o time rubro-negro comemorou a vitória sobre o rival por 1 a 0, neste sábado, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, placar que o garantiu na final da Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca.
Na grande decisão, a equipe comandada pelo técnico Zé Ricardo enfrentará o Fluminense, que empatou sem gols com o Madureira e conquistou a vaga por ter feito melhor campanha na fase de grupos. Para a final, que será disputada na próxima semana, no domingo, o empate levará o jogo para os pênaltis. O local do confronto ainda será definido pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro.
O jogo que marcou o fim do tabu de nove jogos sem vitórias do Flamengo no clássico – seis derrotas e três empates – não começou com clima de decisão. Com público inferior a 50% da capacidade do estádio, os dois times tiveram um início lento, sem criatividade.
Por possuir a vantagem do empate, o Flamengo foi cauteloso, com avanço tímido dos laterais. Nos primeiros 25 minutos foram apenas duas finalizações dos dois times. Uma de Kelvin, outra de Éverton, ambas defendidas pelos goleiros.
Aos poucos, o jogo começou a ficar mais aberto. Pela esquerda, o atacante Éverton era o melhor do Flamengo e levou perigo ao adversário, após rápida jogada e cruzamento para Guerrero, mas a defesa afastou o perigo em tempo. O Vasco respondeu com Thalles, mas o centroavante demorou a finalizar e perdeu a chance do gol.
Com os jogadores cada vez mais nervosos, o clássico começou a ficar mais truncado, com seis cartões amarelos sendo distribuídos. Nos minutos finais do primeiro tempo, Luan falhou na marcação de Éverton e cometeu pênalti. Diego cobrou com estilo, no meio do gol, e fez 1 a 0, aos 40.
Atrás no placar e com a necessidade de virar para avançar à final, o Vasco voltou mais agressivo, com marcação no campo de ataque. Mas a pressão não surtiu efeito e o time quase sofreu o segundo. Em ótima jogada entre Diego e Guerrero, Willian Arão recebeu na pequena área e perdeu ótima chance para ampliar o placar.
A cada minuto, o desespero vascaíno aumentava, com buracos na defesa. Em um contra-ataque, Berrío fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Guerrero, que chegou atrasado. Aos 25, Henrique salvou o time cruzmaltino. Após chuta de Diego, Martin Silva deu rebote nos pés de Réver, que finalizou e viu o lateral impedir o gol na linha.
A pressão do Flamengo prosseguiu, mesmo com a vantagem no placar. Aos 41, Guerrero recebeu livre na entrada da área e viu Martin Silva fazer boa defesa. No rebote, Rõmulo também arriscou e o goleiro pegou novamente. Sem forças, o Vasco passou a evitar um resultado mais elástico e aguardou o apito final e a festa rubro-negra nas arquibancadas.
FICHA TÉCNICA
FLAMENGO 1 x 0 VASCO
FLAMENGO – Alex Muralha; Pará, Réver, Rafael Vaz e Trauco; Rômulo, Willian Arão, Mancuello (Gabriel) e Diego; Éverton (Berrío) e Guerrero (Felipe Vizeu). Técnico: Zé Ricardo.
VASCO – Martin Silva; Gilberto, Luan, Rodrigo e Henrique; Douglas (Guilherme Costa), Jean, Wagner (Escudero) e Nenê; Kelvin (Muriqui) e Thalles. Técnico: Cristóvão Borges.
GOL – Diego, aos 40 minutos do primeiro tempo.
CARTÕES AMARELOS – Pará, Mancuello e Trauco (Flamengo); Jean, Rodrigo, Kelvin e Luan (Vasco).
ÁRBITRO – Leonardo Garcia Cavaleiro.
RENDA – R$ 309.130.
PÚBLICO – 5.484 pagantes (6.979 no total).
LOCAL – Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ).